Câmara de Belo Horizonte é notificada e vai suspender mandato de Wellington Magalhães

Rosiane Cunha e Cyntia Oliveira
rmcunha@hojeemdia.com.br
25/04/2018 às 18:03.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:31
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A Câmara Municipal de Belo Horizonte foi notificada, oficialmente, na tarde desta quarta-feira (25), pelo Ministério Público de Minas Gerais, sobre a prisão do vereador Wellington Magalhães (PSDC). Com a notificação, a Casa vai agora tomar a medida prevista no regimento interno, que é a suspensão do mandato do vereador. A decisão vai ser publicada no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (26) e quem assume a cadeira é o vereador Dimas da Ambulância (PODE).

Mesmo com o afastamento, o vereador preso continuará recebendo salário mensal de R$ 16 mil, valor que só deixaria de ser pago com a perda do mandato. Magalhães só perde o cargo caso haja uma condenação com trânsito em julgado – quando não há mais chance de recursos – ou sofra um processo de cassação no legislativo municipal. Já os funcionários do gabinete dele deixarão de trabalhar na Câmara assim que houver a oficialização do afastamento, pois deverão dar espaço para a equipe de Dimas da Ambulância.

Magalhães se entregou em uma delegacia na Região Centro-Sul da capital mineira na noite desta terça-feira (24), após ficar foragido por  por uma semana. O político é investigado em 45 inquéritos do Ministério Público, um deles por tráfico de drogas.

Investigação

Do total de 45 processos em que o vereador é investigado, apenas dois deram origem a pedido de prisão, fruto da operação “Sordium Publicae”, deflagrada na última quarta-feira (18). Conforme o Ministério Público, foram desviados R$ 30 milhões em contratos de publicidade na Câmara enquanto Magalhães esteve à frente da presidência da Casa. 

Além de Magalhães, a Justiça autorizou a prisão de oito pessoas, incluindo a esposa de Magalhães, Kelly. Ela chegou a ser presa, mas já deixou a prisão devido a habeas corpus.

O vereador tinha como fonte de renda declarada, conforme as investigações, o salário na Câmara, de cerca de R$ 16 mil, mas acumulou patrimônio de R$ 4,6 milhões. Entre os bens dele estão uma mansão às margens da Lagoa da Pampulha, orçada em R$ 2,9 milhões, vários carros importados de luxo e imóveis na Região Metropolitana.

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