Câmara exonera servidores de Wellington Magalhães

Rafaela Matias
rsantos@hojeemdia.com.br
02/05/2018 às 21:10.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:38
 (Karoline Barreto/CMBH)

(Karoline Barreto/CMBH)

O atual presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Henrique Braga (PSDB), exonerou sete servidores que haviam sido contratados pelo ex-presidente da Casa, Wellington Magalhães (PSDC), afastado do cargo desde 26 de abril, após ser preso por suposto desvio de R$ 30 milhões em recursos de contratos de publicidade da Câmara. As dispensas foram publicadas no último sábado no Diário Oficial do Município (DOM).

Segundo Braga, Magalhães teria se recusado a ceder os servidores que respondem diretamente à presidência e, por isso, o atual presidente achou necessário exonerá-los e pedir uma nova contratação. 

“Os cargos de recrutamento amplo são da presidência e o Wellington Magalhães não quis abrir mão deles. Então estou exonerando os servidores e vou contratar novos funcionários para substituí-los”, afirmou.

De acordo com a publicação, foram afastados um auditor, um coordenador adjunto e um coordenador de intermediação operacional, todos do Quadro de Cargos de Recrutamento Amplo. Outros quatro servidores terão a exoneração concluída entre 19 de maio e 5 de junho, quando voltarem de férias. Os cargos são de atendente da presidência, assistente técnico especializado, coordenador de controle interno e coordenador adjunto. 

Sobre as novas contratações, Henrique Braga afirmou que serão feitas ao longo de maio, com a participação direta da Mesa Diretora na escolha. 
“Estou com mais de mil currículos na pasta, falta de opções não será o problema. Mas quero o apoio da Mesa, para não colocar nenhum cargo em meu nome, como se eu tivesse escolhido”, disse, alegando temer repercussões negativas. 

Prisão
Wellington Magalhães é investigado em 45 inquéritos do Ministério Público, um deles por tráfico de drogas. Dois dos processos aos quais responde deram origem a um pedido de prisão contra ele. 

Magalhães se entregou em uma delegacia na Região Centro-Sul da capital mineira na noite de 24 de abril, após ficar foragido por uma semana. O parlamentar suspenso não tem diploma de curso superior, conforme informação dada à Justiça Eleitoral nas últimas eleições, mas está em uma cela especial na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

 

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