Não satisfeita com o desempenho atual da Renault, a Red Bull não pensa em trocar a montadora francesa pelas peças de suas rivais na Fórmula 1. Para o chefe de equipe dos austríacos, o britânico Christian Horner, com os motores feitos pela Ferrari e pela Mercedes não seria possível conquistar a categoria, sendo necessário ser uma equipe de fábrica.

"A Ferrari e a Mercedes têm suas próprias equipes, então onde você vai ficar na ordem de hierarquia se você for cliente? Considerando que a relação que temos com a Renault-Nissan, quando funciona, funciona extremamente bem" declarou Horner durante um evento da Red Bull antes do GP da Inglaterra.

Horner continuou explicando os motivos por não querer as peças dos rivais: "Eu ficaria muito surpreso se a Mercedes estivesse preparada para nos dar um motor. A Ferrari tem um programa de consumidor, mas nos queremos trabalhar como um parceiro no desenvolvimento. Isso, em um longo prazo, nos oferece mais chance de sucesso".

O diretor acredita que as regras da temporada atual da F-1 atrapalharam o desenvolvimento da montadora francesa. "O problema é que, sob uma grande mudança no regulamento, obviamente a Renault errou o alvo. Mas eles têm trabalhado muito para alcançá-los", analisou.

Apesar dos problemas, Horner exaltou a parceria com os franceses: "Nós tivemos muito sucesso com a Renault. Vencemos cerca de 50 corridas e quatro campeonatos mundiais durante os últimos oitos anos com eles, então ninguém está desistindo ou coisa do tipo. É só que onde eles estão neste momento não está certo".

Sobre ter outros contatos para conseguir um novo motor, Horner não negou, mas não revelou as montadoras. "Uma equipe como a Red Bull sempre tem opções. Nós queremos andar na frente e queremos ser competitivos", concluiu.