Com poucos agentes, Polícia Federal atua no sufoco em Minas

Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia
21/04/2013 às 09:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:00

Responsável por exercer a segurança da população, investigar e manter a ordem pública, a Polícia Federal (PF) em Minas está sendo estrangulada. O motivo é o efetivo que se encontra pelo menos 20% abaixo do necessário, segundo projeção da Superintendência da PF.

Para ter uma ideia, apenas seis policiais federais se revezam nos plantões diários do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, por onde passam cerca de 40 mil pessoas por dia vindas de diversos estados e países. Como se não bastasse o reduzido número de policiais, 8% do efetivo é constantemente deslocado para outros estados para cumprir missões.

Algumas operações deflagradas em Minas teriam contado com apenas três servidores federais, segundo denúncia do Sindicato dos Policiais Federais no estado. De acordo com a entidade, 350 servidores estariam atuando em Minas.

MPF de olho

Subordinada ao Ministério da Justiça, a PF depende da abertura de concursos para aumentar seu efetivo. Diante da falta de pessoal, o sindicato acionou o Ministério Público Federal (MPF), que já começou a investigar o caso.

“A situação é gravíssima. Algumas operações chegam a contar com apenas três policiais. Como somos poucos, muitas vezes temos que dobrar horário, virar a noite, pois não temos quem nos substitua”, denunciou o presidente do sindicato, Rodrigo Porto.

O delegado regional executivo da PF, Rodrigo Teixeira Melo, concorda que o efetivo está aquém do ideal, mas que a equipe consegue executar todo o trabalho sem causar prejuízos à população. “Está longe do ideal, mas essa é a realidade da maioria dos estados. Ainda assim, houve um incremento de 10% nas operações realizadas em Minas”.

Gestão

O presidente do sindicato diz que o problema do baixo efetivo poderia ser amenizado com uma “gestão mais eficiente”. “Tem dias que vamos para o Mato Grosso, aí estoura uma operação em Minas e mandam gente do Pará para assumir as vagas abertas”.

O delegado da PF Teixeira Melo responde que a transferência para missões é regulamentada pela Presidência da República, portanto a superintendência apenas “obedece à legislação”.

Em fevereiro, os agentes da PF estiveram em greve branca em nome da valorização da carreira.

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