Complexo de vira-latas vai caindo por terra com inovações tecnológicas

Hoje em Dia
30/10/2013 às 06:16.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:45

O Brasil vai produzir vacinas contra rubéola e sarampo, doenças que estão erradicadas de nosso território. O objetivo é exportar a produção do laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz, que está sendo construído no Rio e que deverá ficar pronto em 2016. A vacina terá tecnologia brasileira, mas a pesquisa será financiada em parte pela Fundação Bill & Melinda Gates, dos Estados Unidos, que entrará com US$ 1,1 milhão e com o compromisso de comprar parte da produção para auxiliar na vacinação, sobretudo na África.

O sarampo, que não aparece no Brasil desde o começo deste século, ainda mata cerca de 150 mil pessoas por ano no mundo. A previsão é de exportar 30 milhões de doses por ano, a partir de 2017. O laboratório em construção também vai produzir vacinas contra poliomielite, febre amarela e tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola).

O secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, informou que existem recursos de R$ 2 bilhões para a área de inovação e pesquisa para os próximos quatro anos. É dinheiro da Agência Brasileira da Inovação, do BNDES e de empresas privadas a ser gasto em vacinas, materiais médicos e novos equipamentos.

Em Belo Horizonte, está sendo realizada no Centro Cultural da UFMG exposição dos 50 anos do Centro de Estudos Aeronáuticos da Escola de Engenharia, que forma 25 alunos por semestre em engenharia aeroespacial, com padrão internacional. Um dos planadores construídos por alunos e professores estabeleceu, em 2011, recordes mundiais de velocidade.

Hoje, em Brasília, durante comemoração dos dez anos do Bolsa Família, o governo vai lançar um livro de 500 páginas com estudos sobre o programa que procuram mostrar que os recursos destinados aos mais pobres estão sendo bem empregados. Um estudo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, divulgado nesta semana, revelou que o número de brasileiros na classe de renda mais alta do país está maior do que o da mais pobre. No ano passado, havia 10,3 milhões de pessoas cujas famílias tinham renda per capita acima de R$ 2,55 mil, contra 7,97 milhões com renda de até R$ 83,20 por mês.

Todos esses dados ajudam os brasileiros a se livrarem do “complexo de vira-latas” observado na década de 1950 pelo dramaturgo Nelson Rodrigues. O que atrapalha são políticos como esse prefeito de Manga, no Norte de Minas, que anulou um concurso público para poder empregar parentes e amigos no serviço público. 

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