Corte de verba prejudica ensino; cinco institutos federais podem ter campi fechados em Minas

Felipe Boutros
fboutros@hojeemdia.com.br
28/08/2017 às 22:12.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:18
 (Guilherme Bergamin/ALMG)

(Guilherme Bergamin/ALMG)

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e as entidades sindicais que representam servidoras e servidores públicos municipais, estaduais e federais lançaram ontem uma campanha em defesa dos serviços e dos servidores públicos. Segundo a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes), Cristiana Dele Papa, a interrupção do repasse de verbas para as universidades federais pode inviabilizar o funcionamento delas até o fim deste ano.

“Os cortes acontecem desde 2014. Para a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), neste ano, foram repassados R$ 130 milhões dos R$ 178 milhões previstos. Os institutos federais, cinco no Estado, já estão correndo risco de ter alguns de seus campi fechados”, alerta.

Paralisações
Algumas categorias já estão com uma pauta de greve. O presidente do sindicato dos trabalhadores dos Correios do Estado, Robson Silva, declarou que a categoria irá parar nacionalmente a partir de 20 de setembro em um movimento por tempo indeterminado.

Privatizações
Ontem, representantes dos sindicatos reforçaram a necessidade de alertar a população sobre as consequências das diversas privatizações propostas pelo governo federal na última semana.

A presidente da CUT/MG e do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, afirmou que o sucateamento dos serviços públicos é parte de uma estratégia para justificar o repasse à iniciativa privada.

“A população não compreende a privatização e o impacto em sua vida. Hoje, a ideia é a de que o público é ineficiente, mas essa não é a realidade”, enfatiza Beatriz.


 

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