(YAMIL LAGE / AFP)
O médico Martinez considerou positivo que a equipe médica tenha conseguido mantê-las "vivas 72 horas" após o acidente, mas ressaltou que "os problemas que elas apresentam são de alta severidade".
Ele alertou sobre "a possibilidade de surgimento de complicações que podem ofuscar o prognóstico médico" das três mulheres, que já passaram por várias cirurgias.
Enquanto a luta dos médicos continua, as famílias dos sobreviventes passam por uma angustiada espera em outro dos salões do hospital, que é o mais antigo de Cuba.
"Não perco a fé, tenho fé de que ela será salva", declarou à imprensa entre lágrimas Marínín Almaguer, mãe de Mailén, que chegou nesta segunda-feira a Havana de Holguín (leste) para acompanhar a evolução da filha.
O Boeing 737-200 em que as três mulheres viajavam de Havana para Holguín caiu ao meio-dia de sexta-feira quando tinha acabado de decolar do aeroporto internacional na capital cubana, com um balanço de 110 mortos.
Segundo o Ministério dos Transportes, 99 cubanos, entre eles cinco crianças, seis tripulantes mexicanos e três turistas estrangeiros - um casal de argentinos, uma mexicana e dois saarauís - morreram no acidente.
A aeronave, operada pela estatal Cubana de Aviación, pertencia à companhia mexicana Damojh (Global Air).
O governo cubano, que anunciou no sábado a descoberta de uma das duas caixas-pretas do avião, conduz uma investigação e já identificou 36 dos mortos, alguns dos quais já foram enterrados em suas respectivas províncias.
Especialistas de Boeing, Global Air e o braço da Aeronáutica Civil do México estão em Cuba para ajudar as autoridades a esclarecer o acidente.
Leia mais:
Cuba pode levar até um ano para concluir investigações sobre acidente
Cuba identificou 20 cadáveres de acidente aéreo
Ex-piloto mexicano denuncia falhas na manutenção de avião que caiu em Havana