Defesa de Aécio Neves diz que ele pediu o dinheiro emprestado e que iria pagar

Da Redação
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18/05/2017 às 15:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:36
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

O advogado do senador Aécio Neves, José Eduardo Alckmin, divulgou na tarde desta quinta-feira (18) um comunicado com a resposta de Aécio Neves sobre as acusações dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, de que o então presidente do PSDB pediu R$ 2 milhões ao executivo sob a justificativa de que precisava da quantia para pagar despesas com sua defesa na "Lava Jato".

De acordo com a publicação, o senador Aécio Neves teria pedido um empréstimo, que seria pago com a venda de um apartamento. "Tratou-se única e exclusivamente de uma relação entre pessoas privadas, em que o senador solicitou apoio para cobrir custos de sua defesa,  já que não dispunha de recursos para tal. Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público", justificou.

Quanto à prisão de Andrea Neves, Aécio se diz inconformado com o pedido de prisão preventiva de sua irmã, "que nada mais fez do que atender seu pedido de levar ao empresário, uma vez que o senador se encontrava em, Brasília, a proposta de venda do apartamento da família".
 
Na carta, ele conclui que segue confiando nas instituições na certeza de que a Justiça, feitas as devidas investigações, demonstrará a absoluta correção dos seus atos e de seus familiares.

Leia o comunicado na íntegra:

  • "O senador Aécio Neves foi surpreendido hoje (18/05) com a gravidade das medidas autorizadas pela Justiça, a partir da reunião havida com o sr. Joesley Batista.
  • Tratou-se única e exclusivamente de uma relação entre pessoas privadas, em que o senador solicitou apoio para cobrir custos de sua defesa,  já que não dispunha de recursos para tal.
  • Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público.
  • Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário.
  • O senador Aécio Neves lamenta profundamente versões que têm sido divulgadas sobre o caso e, com serenidade e firmeza, vai demonstrar a correção de suas ações e de seus familiares, e a farsa de que foi vítima, montada pelo delator de forma premeditada e criminosa, induzindo as conversas para alcançar seus objetivos de obter os benefícios da delação. 
  • O senador manifesta sua incompreensão e inconformismo pelo pedido de prisão preventiva de sua irmã Andrea Neves, que nada mais fez do que atender seu pedido de levar ao empresário, uma vez que o senador se encontrava em, Brasília, a proposta de venda do apartamento da família.
  • Apesar de toda essa violência, o senador segue confiando nas instituições na certeza de que a Justiça, feitas as devidas investigações, demonstrará a absoluta correção dos seus atos e de seus familiares".
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