Desafios da segurança na Região Metropolitana de BH

Do Hoje em Dia
08/02/2013 às 06:13.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:49

O secretário de Defesa Social, Rômulo Ferraz, que participou há dois dias do início da construção do Centro Integrado de Comando e Controle, em Belo Horizonte, tem diante de si um grande desafio: concluir a obra e a montagem dos equipamentos antes da Copa do Mundo. A previsão é a de que o CICC esteja funcionando até abril de 2014.

Mas no mesmo dia em que a imprensa foi reunida no bairro Gameleira para a entrevista com Ferraz e outras autoridades – e todos puderam ver de perto uma máquina perfurando o terreno para as fundações do prédio de mais de 10 mil metros quadrados a ser construído – um experiente gestor público, o ex-ministro Delfim Netto, observou, coincidentemente, em artigo na imprensa: “Por maior que seja a boa vontade, não se encontra a realização de uma só ideia que tenha saído do papel e tenha sido entregue ao público no tempo aprazado e com custos ajustados de forma razoável.”

O CICC é uma ideia excelente, pois significa o funcionamento num mesmo espaço de um centro de operações e inteligência das polícias Civil e Militar, das polícias Federal e Rodoviária e do Corpo de Bombeiros, além da BHTrans, CBTU, Samu, Anatel, Copasa e outros que tenham contribuição a dar à segurança da Copa do Mundo. Passado esse evento extraordinário, o CICC deve continuar para tornar mais efetivo o combate à violência na Região Metropolitana.

A expectativa é a de que sejam investidos no prédio R$ 48,5 milhões e mais R$ 28,5 milhões em equipamentos de segurança e softwares. O número de câmaras de segurança existentes na capital aumentará quase três vezes, conforme o chefe do Estado Maior da PM, coronel Divino Brito, e o monitoramento das câmaras do programa Olho Vivo será feito no CICC, cujo pessoal receberá treinamento especial.

A justificar a crítica de Delfim Netto, que não se relacionava diretamente com o programa de segurança da Copa do Mundo, que consumirá mais de R$ 1,17 bilhão em todo o país, há uma cobrança feita no começo deste ano pelo Tribunal de Contas da União. Ela foi dirigida à Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) e à Anatel, pois o TCU detectou atrasos no cumprimento de prazos de projetos da área de Tecnologia da Informação necessários para a Copa do Mundo. São equipamentos que serão usados nos dois centros nacionais e em todos os 12 CICCs que serão construídos em todas as cidades sedes dos jogos da Copa do Mundo. A maioria está com atrasos.
 

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