O Senado Federal decidiu, nesta quarta-feira (31), pelo afastamento definitivo de Dilma Rousseff (PT) do cargo de presidência da república. A petista, como já era esperado, não conseguiu dois terços dos votos no Senado Federal e terá que deixar em definitivo o Planalto. No total, 61 senadores votaram a favor do impeachment e apenas 20 foram contrários - não houve nenhuma abstenção. Dilma foi acusada pela oposição de ter cometido crime de responsabilidade e, julgada pelos senadores, considerada culpada.
Contudo, os senadores decidiram que a petista pode continuar a exercer cargos públicos. No total, 42 votaram pela inabilitação, 36 para pela habilitação e outros três se abstiveram. Para que a pena fosse aplicada, pelo menos 2/3 (54 de 81) dos Senadores deveriam ter votado a favor do afastamento também da vida pública.
Com o resultado da votação, o até então presidente interino, Michel Temer (PMDB), ficará com o cargo até o fim de 2017. A defesa da petista já sinalizou que irá recorrer do resultado em "todas as instâncias possíveis", como disse Dilma em seu pronunciamento. A expectativa é de que nos próximos dias o ex-ministro José Eduardo Cardozo, advogado de defesa da política, entre com recurso no Supremo Tribuanl Federal (STF) para tentar reverter o resultado.
Ela é a primeira presidente do Brasil a ser impedida do cargo. Fernando Collor de Melo foi submetido ao mesmo julgamento, em 1992, mas renunciou antes da votação final.
Confira o pronunciamento de Dilma: