Com exportações aquecidas, preços no mercado interno devem seguir elevados em 2022

João Sampaio
jsampaio@hojeemdia.com.br
24/01/2022 às 17:03.
Atualizado em 26/01/2022 às 00:13
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

A tendência de recorde no volume de carne bovina exportada de Minas Gerais neste ano deve resultar em estabilidade no preço encontrado pelo consumidor nos açougues.

Neste mês de janeiro, por exemplo, a exportação de proteína bovina deve alcançar os melhores resultados para o período, com projeção de recorde no volume embarcado pelos produtores mineiros. Até o momento, já foram vendidas para o mercado externo 72 mil toneladas de proteína bovina, volume 19% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Caso a média de exportações mantenha o ritmo atual, a estimativa é que o mês feche com cerca de 140 mil toneladas vendidas para outros países. Os dados são da Faemg (Federação da Agricultura de Minas Gerais).

Do total vendido para fora, a China responde por quase metade. Ano passado, o país asiático consumiu 43% de toda a proteína animal exportada pelos produtores mineiros. O segundo melhor mercado, os Estados Unidos, compraram 10% e, em terceiro, vem Hong Kong com 9%. O volume de transações bateu os R$ 8.8 bilhões, e só não foi maior porque entre os meses de setembro e dezembro a carne brasileira sofreu 103 dias de embargo internacional por conta de um caso do mal da vaca louca detectado em Minas Gerais.

Para este ano, a expectativa é de resultados ainda melhores no que diz respeito aos números da carne exportada. “A expectativa é que as exportações sigam aquecidas uma vez que a China, nosso principal comprador, ainda não recompôs seu rebanho suíno e continuará buscando fontes de proteína em outros países”, explica Wallisson Lara, analista de Agronegócios do Sistema Faemg.

Já em relação ao mercado interno, nada sinaliza, pelo menos por enquanto, uma redução nos preços praticados nos açougues. Conforme Lara, a tendência é de estabilidade nos preços atuais, uma vez que o mercado está regulado na relação entre oferta e demanda interna. “Vivenciamos um escoamento lento no mercado interno. Os frigoríficos não estão muito ávidos e céleres nas compras e os frigoríficos que trabalham no mercado atacadista apresentam um equilíbrio na demanda”, diz.

Conforme a pesquisa mais recente do site especializado Mercado Mineiro, realizada no último dia 11, o quilo do acém em Belo Horizonte variava entre R$ 24,99 e R$ 42,00. Já a peça de alcatra era encontrada entre R$ 42,98 e R$ 65,95.

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