Defesa dos Batista vai recorrer da decisão que negou habeas corpus

Estadão Conteúdo
15/09/2017 às 14:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:34
 (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

(Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

A defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista informa que vai recorrer ainda nesta sexta-feira (15), da decisão que negou a liminar no pedido de habeas corpus aos donos da JBS. Segundo o advogado de defesa Pierpaolo Cruz Bottini, a própria decisão tomada hoje em segunda instância reconhece a ausência de fato novo apto a justificar a prisão. "A inexistência de qualquer outro preso preventivo no Brasil pela acusação de insider trading revela uma excepcionalidade no mínimo curiosa", diz a defesa dos empresários.

Nesta sexta-feira, a juíza federal Tais Ferracini, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, negou habeas corpus aos empresários Joesley e Wesley Batista. Os empresários foram alvo de mandados de prisão preventiva na Operação Acerto de Contas, 2ª fase da Tendão de Aquiles, por suspeita de manipulação do mercado financeiro e da moeda americana usando informações privilegiadas de sua própria delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. A juíza Taís está substituindo o desembargador federal Mauricio Kato, na 5ª Turma.

Wesley está preso na carceragem da Polícia Federal, em São Paulo, desde quarta-feira (13).

Leia mais:
Advogado diz que transferência de Joesley para SP é questão de segurança

Joesley é alvo de dois mandados de prisão preventiva. No domingo, 11, o empresário e o executivo Ricardo Saud, do Grupo J&F, foram presos temporariamente por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, por suspeita de violação de sua delação premiada. Nesta quinta-feira (14), o ministro decretou a preventiva dos executivos.

Joesley estava preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Nesta sexta-feira (15), o empresário foi transferido para São Paulo. Joesley será ouvido em audiência de custódia referente à Tendão de Aquiles.

Nesta operação, os irmãos são investigados pelo uso indevido de informações privilegiadas em transações no mercado financeiro ocorridas entre abril e 17 maio de 2017, data da divulgação de informações relacionadas à delação premiada firmada pelos executivos e a Procuradoria-Geral da República. A especulação resultou em lucros milionários para os delatores, afirma a PF.

A defesa dos empresários havia protocolado o habeas na quinta-feira, 14, no Tribunal, em São Paulo, pedido de soltura imediata. Os advogados dos executivos apontaram ilegalidade das prisões.

O pedido foi subscrito pelo criminalista Pierpaolo Bottini e destacou que a liberdade de ambos não coloca em risco as apurações de insider trading e que não há fato novo que justifique a drástica medida. A defesa apontou a ausência de qualquer fato contemporâneo que demonstre a necessidade de segregação relacionada ao delito de insider trading ou à sua persecução.
http://www.estadao.com.br

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por