O governo federal reduziu a taxa de juros máxima que pode ser aplicada em empréstimos consignados para aposentados e beneficiários da Previdência Social. Ela caiu de 2,14% para 1,7% ao mês. A redução também afetou os juros dos cartões de crédito consignados, que podem chegar, no máximo, a 2,62%, de acordo com o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS).
A medida foi confirmada pelo ministro do Trabalho e Previdência, Carlos Lupi, e comemorada por líderes do governo Lula (PT) nas redes sociais. O deputado federal mineiro Rogério Correia (PT) repercutiu a notícia e disse que é um aviso para o Banco Central. “Está dado o recado: é preciso baixar a taxa de juros. O Brasil precisa crescer”, comentou.
Ao citar que mais de oito milhões de beneficiários do INSS possuem algum contrato ativo de consignado e cerca de 1,8 milhão já chegou ao limite de utilização da margem – definida em 45% dos rendimentos –, Carlos Lupi falou da importância da mudança para quem recebe menos de dois salários mínimos.
“Vejo essas atuais taxas como abusivas para os beneficiários do INSS, que são pessoas, em sua grande maioria, extremamente vulneráveis. Buscamos encontrar um caminho que seja o melhor para a parte mais frágil: o povo brasileiro”, avaliou Lupi.
Presidente do INSS, Glauco Wamburg, ratificou que o papel do atual governo é combater desigualdades através de medidas efetivas.
“Na realidade de beneficiários que utilizam o consignado, cuja média de renda é de R$ 1,7 mil, a Previdência Social precisou tomar providências para proteger esses cidadãos tão vulneráveis”, ponderou, ao também relatar o processo para redução das filas para análises dos pedidos de benefícios.
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