Abaixo de 2014

Minas encerra sequência de quedas no PIB e cresce 0,7% no 1º trimestre, diz Fundação João Pinheiro

Hermano Chiodi*
hcfreitas@hojeemdia.com.br
15/06/2022 às 17:47.
Atualizado em 15/06/2022 às 18:06

O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais cresceu 0,7% no primeiro trimestre de 2022 em relação aos três meses anteriores, ficando 1,1% acima do registrado no quarto trimestre de 2019 (período pré-pandemia), mas ainda é 4,1% menor do que o patamar alcançado em 2014. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (15) pela Fundação João Pinheiro (FJP).

"Numa perspectiva de longo prazo, é preciso deixar claro para todos que a recuperação do crescimento, iniciada em 2017 e interrompida pela pandemia, foi muito fraca e insuficiente sequer para restabelecer o nível de atividade prevalecente em 2014, oito anos atrás”, destacou o pesquisador Raimundo Sousa, da FJP.

O PIB de Minas Gerais no primeiro trimestre de 2022 foi estimado em R$ 207,9 bilhões e representou 9,2% do PIB nacional no trimestre de referência. No Estado, na composição setorial relativa ao primeiro trimestre de 2022, o setor agropecuário foi responsável por R$ 18,4 bilhões (10,1% do total); a indústria, por R$ 48,7 bilhões (26,6% do total); e os serviços, por R$ 115,9 bilhões (63,3% do total).

De acordo com a medição feita pela Fundação João Pinheiro, usada como referência para o Governo de Minas, o resultado mineiro está acima do alcançado pelo Brasil. Segundo a FJP, no caso brasileiro, houve variação positiva nas três últimas divulgações, de 0,1% no terceiro trimestre de 2021, 0,7% no quarto trimestre do mesmo ano, e de 1% no primeiro trimestre de 2022.

Com o resultado observado no primeiro trimestre de 2022, o PIB nacional ficou 1,6% acima do patamar do quarto trimestre de 2019 (período pré-pandemia) e 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014.

Os setores de energia, saneamento e serviços foram os que mais puxaram a elevação do índice. Sobretudo, segundo a FJP, algumas atividades tiveram demanda reprimida durante a pandemia, como serviços às famílias, alojamentos e alimentação. Em Minas Gerais, por exemplo, o comércio apresentou expansão de 1,9% em relação ao trimestre anterior.

De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, os aumentos mais relevantes no volume de vendas em Minas no primeiro trimestre de 2022 em relação ao quarto trimestre de 2021 foram observados nos seguintes segmentos: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; de livros, jornais, revistas e papelaria; e de combustíveis e lubrificantes.

(*) Com Agência Minas.

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