Produtos de padaria tiveram alta de até 2,5 vezes a inflação; alguns variam mais de 200% na capital

Evaldo Magalhães
efonseca@hojeemdia.com.br
10/05/2021 às 15:58.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:53
 (Reprodução/Pexels)

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Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10) pelo site Mercado Mineiro mostra que, como ocorreu com diversos outros alimentos, os preços de produtos de padaria dispararam em Belo Horizonte, durante a pandemia. A alta de alguns itens, entre maio de 2020 e o mesmo mês deste ano, chegou a mais de 2,5 vezes a inflação do período. O estudo também indicou variação de mais de 200% no que é cobrado por determinadas mercadorias, nos estabelecimentos da capital. 

Segundo o estudo, feito em 29 estabelecimentos, entre os dias 6 e 7, os valores fixados  para itens como pães, leite e embutidos oscilaram de 8,6% a 16% em relação aos praticados em maio do ano passado, ante um IPCA de cerca de 6% no período de 12 meses.

A maior elevação foi no preço médio do leite integral da marca Itambé, que passou de R$ 4,32 em maio de 2020 para R$ 5,03, na semana passada. O pão doce também teve alta expressiva, subindo o dobro da inflação (12%): o valor médio o quilo saltou de R$ 15,96 para R$ 17,89. Já o quilo do pãozinho francês passou da média de R$ 13,98 para R$ 15,15 (8,6%). 

Além disso, tiveram aumentos significativos o pote de 500 gramas da manteiga Itambé (10%, indo de R$ 21,50 para R$ 23,82, em média) e o do quilo do presunto (11%, indo de R$ 30,14 para R$ 33,44). 

Variação

Além da inflação de produtos de padaria nos últimos 12 meses, a pesquisa também apontou gigantesca variação nos preços de cada um, na capital. Alguns dos destaques foram o pão doce, com mínimo de R$ 10,49 e máximo de R$ 32,40 o quilo (208% de oscilação) e o pão sovado, com mínimo de R$ 12 e máximo de R$ 32,90 o quilo (174%).  

Também tiveram variações consideráveis, entre outros produtos, o pão francês (90% de diferença do preço menor, de R$ 10,49, ao maior, de R$ 19,99 o quilo), a muçarela, cujo quilo oscilou 93% (de R$ 29,90 até R$ 57), o pão de queijo ( de R$ 2 a R$ 3,90 a unidade, ou 95% de variação) e o próprio cafezinho, encontrado ao custo mínimo de R$ 1 e máximo de R$ 1,95  (95%).

"Além de estar quase tudo bem mais caro em relação a um ano atrás, a pesquisa comprova que o consumidor deve ficara tento também ao procurar as padaria, redobrando a atenção quantos aos preços e pesquisando as melhores opções", diz o economista e dirigente do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.

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