As aventuras de Alice e seus amigos marinhos

Lady Campos - Hoje em Dia
18/05/2015 às 08:51.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:04
 (Ilustrações )

(Ilustrações )

A triste cena parece familiar: garrafas, latinhas, sacolas plásticas, embalagem de picolés e palitos enterradas na areia ou fazendo parte da paisagem das praias brasileiras. Arrastado pela ondas para o fundo do mar, o lixo muitas vezes é confundido com alimento por tartarugas e golfinhos, que costumam ingerir sacolas plásticas achando que são águas-vivas e morrem por sufocamento ou impedidos de fazer a digestão.

Preocupada com a realidade supracitada, a socióloga Vanessa Labarrere escreveu “Alice no Fundo do Mar”, seu primeiro livro infantojuvenil (selo Volta e Meia da editora Nova Alexandria).

Mestre em Linguística e servidora pública, Vanessa é brasiliense e se dedicou à publicação a partir do curso de especialização em Educação Ambiental, que fez pelo Senac do Amapá no período de 2010/11. “Na especialização adquiri conhecimento em Biologia mais voltada para o ecossistema ambiental, para a reciclagem. Escolhi o lixo marinho, pesquisei em livros sobre resíduos sólidos no mar e o impacto na fauna marinha. Infelizmente, não teve uma praia que visitei sem sujeira, nem em época de baixa temporada. É uma realidade generalizada no litoral brasileiro e também fora daqui. Visitei Okinawa (um arquipélago formado por 169 ilhas ao sul do Japão), em 2012, e encontrei lixo lá também”, contou a autora, que atualmente mora em Palmas, no Tocantins.

Fantasia e realidade

No enredo de “Alice no Fundo do Mar”, a protagonista da história, Alice, uma garota de 10 anos, filha de biólogo, descobre como a ação humana agride e prejudica a natureza. Como a personagem de Lewis Carroll (1832-1898), criador do emblemático “Alice no País das Maravilhas”, a sonhadora personagem entra em contato com o mundo marinho e vive mil e uma aventuras ao lado (ou melhor em cima do casco) da amiga tartaruga Madu.

A fantasia entra em cena e Alice realiza sua vontade de falar com os bichos, em particular com tartarugas marinhas e golfinhos. Neste ponto, a narrativa se aproxima do clássico “Dr. Dolittle”, criado pelo escritor inglês Hugh Lofting (1886-1947) que tinha o dom de entender a linguagem dos bichos.

Entre as muitas lições aprendidas através de Alice, a autora reforça a importância do descarte adequado do lixo e como uma inofensiva latinha jogada no cantinho da rua pode chegar ao mar e matar os animais que lá vivem.

“O objetivo do livro é sensibilizar as crianças e, por consequência, os pais e toda a família, para um problema social de modo que elas (crianças) sejam multiplicadores e educadores ambientais e cresçam com a responsabilidade de deixar o planeta melhor”.

Aprendemos com Alice que não é possível viver num mundo perfeito, mas podemos fazer do planeta Terra a nossa casa e um lugar muito melhor
 

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