Editora Saraiva lança audiolivro de Marcelo Xavier

Lady Campos - Hoje em Dia
01/06/2015 às 08:30.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:18
 (Sylvio Coutinho)

(Sylvio Coutinho)

“A criatividade é um componente humano. Encontra-se em todos nós, sem exceção, de forma latente, precisando apenas ser estimulada e cultivada. Não é privilégio do artista”. Esta é a mensagem que o artista plástico, cenógrafo, figurinista e escritor Marcelo Xavier passa para seus leitores em “Tot”, que acaba de sair do forno pela editora Saraiva.

Para o autor, esta edição, a segunda, é especial (a primeira, de 2006, foi publicada pela Formato) não só pela nova roupagem, como pela versão audiolivro. “Mais ou menos como acontece com a gente: de tempos em tempos renovamos nosso figurino...O livro agora fala, toca, emite sons. Duvida? É que dentro dele, agora, vem um disquinho com toda a história gravada e sonorizada. Tudo feito em estúdio por um grupo de artistas do som”, fala o autor numa espécie de convite para o pequeno leitor apreciar sua obra.

ENREDO

Tot é o apelido de Aristóteles, um menino de massinha de modelar inventado por Marcelo Xavier e que recebeu o pomposo nome porque o pai do personagem era um apaixonado pela Grécia Antiga.

Aos cinco anos, Tot ficou órfão de pai e passou a morar com a mãe e uma irmã mais nova no décimo andar de um prédio de vinte. Desanimado com tudo na vida e agora com 10 anos de idade, Tot vive sonhando em voar pela cidade ou ser levado por uma nave para um planeta bem distante. Mas as coisas começam a mudar na vida do garoto depois que ele teve um estranho sonho com o pai.

Tot descobre um mundo mágico, apertando o botão do elevador do prédio onde mora e chegando até o andar 10 mil (acredite, isso não é um erro de digitação). E o mais surpreendente: quando a porta do elevador se abre, Tot se depara com uma misteriosa e envelhecida casa, de quartos cheios de cores, música, letras e dança.

A CASA DE TOT

A tal casa é, na verdade, uma metáfora para o autor abordar o pensamento simbólico, atiçar o hemisfério do cérebro que cuida da criatividade. “Todo mundo tem uma casa como a de Tot. É preciso visitá-la sempre, abrir suas portas e janelas, deixar o ar circular e a luz iluminar seus cantos escuros”, aconselha Xavier.

Uma das boas surpresas do livro, além da deliciosa história de Tot, são as ilustrações tridimensionais. Em seu ateliê Oficina Mágica, Marcelo Xavier criou e modelou bonecos, cenário e objetos como se estivesse no teatro. Depois da montagem, entrou em cena o trabalho do fotógrafo Sylvio Coutinho e de Cláudio Márcio, que cuidou dos efeitos visuais e tecnológicos. Todo o processo, da modelagem até a finalização, durou um ano e meio.

O leitor vai constatar que as imagens que ilustram o texto mais escondem do que mostram personagens, objetos e ambientes. “É que, para mim, a criação é uma conquista lenta e gradativa, exigindo de nós esforço e atenção especial até que tudo fique claro, se desvende”, explica Xavier que tem 19 livros publicados e outros três no forno.

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