GRATUITO

Exposição ‘A Terceira Margem’ traz desenhos que misturam o real e o onírico na Casa Fiat de Cultura

Rodrigo de Oliveira
rsilva@hojeemdia.com.br
06/02/2023 às 21:55.
Atualizado em 06/02/2023 às 21:58
Henrique de França (Talita Campos)

Henrique de França (Talita Campos)

Começa nesta terça-feira (7) a exposição gratuita “A Terceira Margem”, na Casa Fiat de Cultura, na Praça da Liberdade, região Centro-Sul, que traz sete obras do paulista Henrique de França.

Nos trabalhos, o artista usa lápis e papel para reconstruir a realidade a partir da justaposição de imagens antigas e oníricas. A mostra fica em cartaz até 16 de abril, na Piccola Galleria. 

Na abertura, será realizado um bate-papo on-line com o artista, às 19h, com inscrições gratuitas pela Sympla. No encontro, ele vai compartilhar com o público detalhes sobre seu processo criativo e como constrói as cenas de cada obra.

Obra Interrupção #5 (Divulgação)

Obra Interrupção #5 (Divulgação)

Para criar seus trabalhos, Henrique escolhe fotografias em arquivos da família, em álbuns de amigos, na internet e arquivos de desconhecidos. A partir daí, ele inicia o processo de criação que resulta em cenários figurativos, que transitam entre paisagens comuns e ilusórias.

As figuras – bastante comuns nas pequenas e médias cidades brasileiras – ganham ares fantasiosos, tanto pela técnica empregada, quanto pelo resultado final: sobreposições insólitas, que parecem nascidas de um estado de consciência que transita entre o desperto e o mundo dos sonhos. 

“Cada desenho carrega uma série de questões e leva o visitante a buscar suas próprias respostas. As imagens não precisam fazer um sentido imediato, mas instigar os visitantes a refletirem sobre diferentes narrativas, que se cruzam com a história de cada um”, analisa o artista.

Obra Interrupção #3 (Divulgação)

Obra Interrupção #3 (Divulgação)

Ao recriar essas fotografias por meio do desenho, o artista investiga a identidade brasileira, suas histórias e costumes, cruzando a memória individual e a coletiva a partir do que é registrado pelas lentes.  

Os trabalhos também têm diálogo íntimo com a linguagem cinematográfica, uma vez que cria cenas  – de forma semelhante a um storyboard – e interações artificiais entre os objetos e as pessoas.

O nome da exposição é uma clara referência ao conto “ A terceira margem do rio”, de João Guimarães Rosa. Essa importante e poderosa metáfora resume a busca humana de residência fixa em solo de fluxo constante. 

Obra Desaparecimento #7 (Divulgação)

Obra Desaparecimento #7 (Divulgação)

Enquanto o personagem do conto busca a sua terceira margem ao abandonar toda a família e passar a vida em um canoa, sem nunca mais saltar, Henrique de França navega entre as fronteiras da normalidade e do espanto, entre o sentido e o não-sentido.

Serviço 
“A Terceira Margem”,
7/2 a 16/4
Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10 – Funcionários)
Visitação presencial: terça-feira, das 10h às 21h; quarta a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Tour virtual no site: www.casafiatdecultura.com.br
Gratuito 
Informações: (31) 3289-8900

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