CINEMA

Filme mineiro 'Marte Um' representará o Brasil na disputa pela indicação ao Oscar 2023

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
05/09/2022 às 14:47.
Atualizado em 05/09/2022 às 14:53
Longa-metragem de Gabriel Martins é o primeiro indicado brasileiro assinado por um diretor negro (Embaúba / Divulgação)

Longa-metragem de Gabriel Martins é o primeiro indicado brasileiro assinado por um diretor negro (Embaúba / Divulgação)

O filme mineiro "Marte Um", de Gabriel Martins, foi anunicado, na tarde desta segunda-feira (5), como representante brasileiro na disputa por uma vaga no Oscar 2023. A seleção foi realizada por uma comissão organizada pela Academia Brasileira de Cinema.

Em cartaz nos cinemas, o longa-metragem venceu outros 27 concorrentes e foi escolhido por tratar "de afeto e de esperança, da possibilidade de seguir sonhando em meio a tantas dificuldades econômicas e políticas", de acordo com Barbara Cariry, que presidiu a comissão.

"Marte Um" registra o cotidiano de uma família periférica de Contagem, nos últimos meses de 2018, pouco depois das eleições presidenciais. O garoto Deivid (Cícero Lucas) sonha em ser astrofísico, e participar de uma missão que pretende colonizar o Planeta Vermelho em 2030.

Morando na periferia de um grande centro urbano, todos à sua volta dizem que ele não tem muitas chances para isso, mas mesmo assim, Deivid não desiste. Passa horas assistindo vídeos e palestras na internet sobre astronomia.

Gabriel Martins é o primeiro diretor negro a ter um filme escolhido para representar o Brasil no Oscar. Ele é um dos sócios da produtora Filmes de Plástico, realizadora de obras premiadas como "Temporada”, “Ela Volta na Quinta”, “No Coração do Mundo” e “Contagem”.

"Estamos vivendo um momento de muita honra, e muita felicidade, a mim, pessoalmente, pela Filmes de Plástico e por toda a equipe do filme. Estamos abrindo portas e, sem dúvida alguma, deixando um rastro de esperança e vontade para quem está chegando agora para fazer cinema, em um momento em que podem estar desacreditados de até onde um filme pode chegar", comemorou Martins.

Para o produtor Thiago Macêdo Correia, "ser o escolhido para representar o Brasil na esperança de uma nova indicação ao Oscar de Filme Internacional, 25 anos depois de Central do Brasil, parece um desses sonhos impossíveis. Mas acho que essa é a especialidade da Filmes de Plástico".

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