Julia Bosco investe em sonoridade mais pop em 'Dance com seu inimigo”

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
19/08/2016 às 18:38.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:27
 (Donatinho / Divulgação)

(Donatinho / Divulgação)

Não é o primeiro disco, mas é como se fosse. O segundo trabalho de Julia Bosco, “Dance com Seu Inimigo” (Coqueiro Verde Records), ficou tão diferente de seu debute, “Tempo” (2012), que a cantora se sente uma estreante. “Este é o primeiro disco que entendo como meu”, diz Julia, que fez questão de participar de todo o processo de feitura dessa vez, da escolha dos profissionais com quem trabalharia à seleção do repertório.

Seu desejo agora era de deixar mais claras as suas referências, especialmente da música pop dos anos 80 e 90 – sem perder a linguagem contemporânea. “É uma ruptura. Os discos ficaram diferentes em termos de sonoridade, estética e texto. É um disco mais autoral, que consigo defender de uma forma muito maior”, diz.

Amor
“Dance com Seu Inimigo” também é um marco na vida pessoal de Julia. Ela convidou para a produção Donatinho, com quem havia namorado há alguns anos. No meio do processo de construção do trabalho, o amor reacendeu e os dois voltaram a formar um casal. “Queria ter trabalhado com ele há alguns anos, mas como éramos ex-namorados não dava, só pude fazer o convite quando vi que podíamos voltar a ser amigos”, conta Julia, que é filha de João Bosco, enquanto Donatinho é filho de João Donato. “Foi um processo natural, nossas famílias são amigas há décadas. Foi muito legal tê-lo comigo em todo o processo”.

Donatinho não só assina a produção, como também foi responsável pelas fotos de encarte e divulgação da cantora. Por sinal, as imagens também fazem parte do processo de ruptura. Julia, que sempre se sentiu acima do peso ideal, decidiu apostar em um figurino mais ousado e colado ao corpo.
“Um dos assuntos do disco é romper com padrões. Imagina quantas vezes deixei de fazer coisas, como ir a uma festa na piscina, por causa de frustração. Mas fiz 36 anos e vi que não tinha mais tempo a perder com isso”, conta.

Plural
Julia buscou uma unida de sonora ao trabalhar o disco, mas também uma pluralidade de linguagem, ao convidar compositores de diversas partes do país para escreverem músicas para ela.

Assim, o repertório contou com músicas de gente do Norte (Juliana Sinimbú, Dona Onete) e Sul (Gisele de Santi), por exemplo. Minas está representado com César Lacerda. “Fiz questão de buscar parceiros fora do eixo Rio-São Paulo. O Brasil tem uma cultura muito plural e busquei trazer gente do Norte, Nordeste e Sul para enriquecer o trabalho”, afirma.

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