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que representa alta de 27% na audiência.
As histórias de cada personagem são contadas em um dia fixo da semana, mas elas se desenvolvem paralelamente, com pontos de ligação. A autora da trama, Manuela Dias, explica como pensou em tudo isso. "Antes de eu me preocupar com essa amarração de cenas, busquei histórias que pudessem emocionar. Os personagens cruzam linhas sem volta. São situações-limite que os levam a atitudes extremas", descreve a autora.
O público parece estar atento a tudo. A história de Fátima (Adriana Esteves), segundo Manuela, foi a que mais cativou a audiência, mas as tramas têm sido bem recebidas. "As pessoas se mobilizam muito com a história da Fátima. Mas sinto também que a aproximação de Elisa (Débora Bloch) e Vicente (Jesuíta) está levantando opiniões indignadas. Em um primeiro olhar, pode parecer impossível que ela se envolva com o assassino de sua filha. Mas, quando observamos melhor, o Vicente é o mais perto que Elisa pode chegar de sua filha morta", diz a autora.
Há ainda um significado em repetir a mesma cena de ângulos diferentes -o que acontece com frequência na trama, dependendo de quem é o personagem central no momento. "Em "Justiça", o motorista de ônibus, a empregada e o cara do quiosque também têm uma história profunda e complexa. No nosso dia a dia, acabamos perdendo esse olhar", diz Manuela, que comemora a resposta imediata da audiência. "O público é inteligente e pesca os detalhes. O estuprador de quinta-feira aparece ao fundo pintando uma janela na segunda-feira. As pessoas comentam na hora."