CINEMA

'Lightyear' conta a trajetória do astronauta antes de virar um dos brinquedos de 'Toy Story'

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
19/06/2022 às 15:59.
Atualizado em 19/06/2022 às 16:43
Filme da Disney é recheado de referências a clássicos da ficção-científica (Disney/Divulgação)

Filme da Disney é recheado de referências a clássicos da ficção-científica (Disney/Divulgação)

Num momento-chave de “Lightyear”, em cartaz nos cinemas, um gato-robô projeta gravação antiga com orientações de uma chefe do patrulheiro espacial Buzz. Para o público adulto, é mais uma das muitas referências da animação feitas ao universo da ficção-científica.

Nessa cena em específico, não é preciso ser um grande fã de “Star Wars” para enxergar no robozinho felino uma homenagem a R2D2, o icônico personagem da franquia criada por George Lucas. Não faltam também menções a “Jornada nas Estrelas” e “Alien, o 8º Passageiro”.

A trama principal do filme traz  uma divertida apropriação da “força” para o universo do astronauta, apresentado pela primeira em 1995, quando “Toy Story” chegou às telas como o primeiro longa-metragem de animação realizado totalmente em computação gráfica.

Há 22 anos, Buzz era um brinquedo arrogante que insistia ser de verdade e passa a interagir com os bonecos do garoto Andy, entre eles aquele que seria seu melhor amigo, o caubói Woody. “Lightyear” acontece, supostamente, antes desse encontro, mas, na verdade, não apresenta relação direta com o brinquedo.

Aqui ele é um patrulheiro “de verdade”, em uma importante missão sobre um planeta desconhecido. Um “spin-off”  que o diretor Angus MacLane explicou como sendo um possível filme promocional que teria levado Andy a comprar o moderno boneco.

O equipamento espacial desta vez funciona e o jeito turrão o leva a enfrentar o outro lado da “força”, conhecendo uma essência maligna numa história que pode ser lida como uma crítica ao mundo extremamente disciplinado dos militares, moldados para seguir ordens.

Ele terá que aprender a dividir  e aceitar outras visões a partir de um grupo de excluídos, que inclui negros e idosos. A certa altura, todo mundo já sabe da relação homoafetiva entre dois personagens, pela primeira vez exibida de maneira explícita numa animação da Disney.

Não há exagero ou caricatura na construção do casal, mostrado com bastante naturalidade, com beijos e filhos nascidos dessa relação. Uma das personagens é a melhor amiga de Buzz e a que, muito antes do astronauta, conseguiu perceber a nova realidade.

Próximo ao  final, voltamos a nos  deparar com “Guerra nas Estrelas”, quando Buzz encontra o seu “pai” e com quem terá que lutar para que milhares de vidas não sejam eliminadas. Mas o que fica mesmo é a solução “Jornada nas Estrelas” para o desfecho. Fãs de “A Volta para Casa” entenderão!

Leia mais

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por