Livro fotográfico retrata patrimônios mundiais do Brasil

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
23/12/2016 às 16:16.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:11

O fotógrafo mineiro Márcio Carvalho passou um ano e meio visitando os patrimônios mundiais firmados nas terras tupiniquins. O resultado rendeu 293 fotos compiladas no livro “Os Patrimônios da Humanidade no Brasil” (Rona Editora, R$ 120), que acaba de ser lançado e está à venda nas livrarias Leitura e Saraiva. Com textos (em português, inglês, espanhol) de Cristina Carvalho e designer gráfico de Alan Lima, o projeto foi realizado pela Associação Universo Cultural. São 3 mil exemplares. 

O recurso de R$ 450 mil foi viabilizado pela Lei Rouanet, com captação por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). A proposta, conforme Carvalho, é contribuir para a divulgação dos 20 sítios culturais e naturais brasileiros tombados pela Unesco. “Vários deles têm um potencial turístico fantástico e não vejo divulgação nenhuma”, diz.

Em Minas, são quatro: a cidade de Ouro Preto; o Centro Histórico de Diamantina; o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas; e o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. “Acho que a região da Pampulha vai melhorar nos próximos anos. A tendência é a de que a lagoa seja despoluída e haja uma promoção do turismo no local”, opina. 

Foi o Atol das Rocas, em Pernambuco, contudo, que mais impressionou o fotógrafo. “Na hora que a maré abaixa, somam-se inúmeras piscinas naturais, então, você vê como a água é clara e pode andar por cima das pedras, ver que tipo de ser vivo tem ali, como tubarões e tartarugas. São tantos pássaros que é preciso pular os ninhos”, conta. 

Não agradou
Por outro lado, houve locais que marcaram pela falta de cuidado. “São Luís do Maranhão achei bem jogado. E o Parque Nacional do Jaú (Amazonas), apesar de não ter ido numa época muito boa, achei o nível dos rios baixo; é preciso recursos até para as pessoas irem ao local”, comenta.

Minas também não escapou dessa lista. Carvalho diz que os profetas esculpidos por Aleijadinho, em Congonhas, “pareciam estar pedindo socorro”. “As obras estão expostas ao tempo, degradando por conta da poeira”, diz, lembrando um projeto de levar os originais para o Museu de Congonhas e colocar réplicas no lugar.

Com 11 livros lançados e 25 anos de carreira, Carvalho, agora, se prepara para novas aventuras. “No primeiro semestre de 2017, lanço um livro sobre o Circuito Cultural Praça da Liberdade. Também vou fazer um sobre a cidade de São Paulo e outro sobre a Serra do Cipó”, projeta.

  

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