Mazzilli expressa um mundo em ruína em ‘Trans’

Da Redação
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03/05/2016 às 20:11.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:15
 (Felipe Ferreira/Divulgação)

(Felipe Ferreira/Divulgação)

O Centro Cultural UFMG (av. Santos Dumont, 174) abre hoje a exposição “Trans”, do artista visual Domingos Mazzilli, que aborda questões de gênero, etnia, memória e promove diálogos com o tempo presente em 50 obras, realizadas a partir de 2007.

Em vários trabalhos, o artista reverencia a obra de Amílcar de Castro, Lygia Clark, Marcos Coelho Benjamim, Farnese de Andrade e Tarsila do Amaral, recorrendo a diversos materiais, como bacias, penico, faqueiro e outros utensílios de uso doméstico.

“Gosto da pátina do tempo. Tenho uma admiração grande por artistas que produzem esculturas, objetos, colagens e assemblages e que também se submetem a ela como Joseph Cornell, Farnese de Andrade, Arman, Rebecca Horn, Bispo, Benjamim, Amílcar, Celso Renato, Louise Bourgeois, Meret Oppenheim, Duchamp, Dali, além de outros surrealistas e dadaístas que agregam ‘estranhamento’ ao tempo”, destaca Mazzilli.

Paraíso Perdido
Segundo o artista, seu trabalho expressa “um mundo que desaba, que está desmoronando, ruindo. Daí a nostalgia, a memória e certa saudade do paraíso perdido”, diz ele, que cita Marcel Proust (“Em busca do Tempo Perdido”), Lúcio Cardoso (“Crônica da Casa Assassinada”) e Dalton Trevisan (“Os Sinos da Agonia”).

O artista define seu trabalho como uma tentativa de paralisar o tempo, contabilizar perdas e dar um sentido a elas. “Assim, faço arte. Se quiserem adjetivá-la, se isto for realmente imperioso, chamem-na de arte existencial”.

 Serviço:

Visitas gratuitas até 26 de junho, de terça a sexta, das 10 às 21h. E aos sábados e domingos, das 10 às 18h

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