Mineiro sonha em montar banda de gaita de fole

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
08/07/2016 às 18:57.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:13
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

Nícolas Ramos sonha ingressar na Polícia Militar. Não, entretanto, para combater, mas, sim, para encantar. “Minha intenção é montar uma banda de gaita de fole da PM”, confidencia. O jovem, de 26 anos, da cidade de Cláudio, é um dos poucos que toca a gaita de fole no Estado. Entrando para a corporação, a proposta dele seria a de montar a primeira banda militar do instrumento.

Enquanto o sonho não se concretiza, Ramos tem chamado a atenção pelas ruas belo-horizontinas. Vestido com trajes tipicamente escoceses, de vez em quando, ele dar o ar da graça por aqui. “Sempre que venho à capital, toco. “As pessoas costumam me perguntar se sou do Brasil, acham diferente”, conta. “Mas eles gostam, param para me assistir e depois pedem para tirar foto comigo. Não imaginava uma aceitação tão grande”, celebra.

O músico diz ainda não ter data para voltar a BH, mas estará bem próximo da capital hoje mesmo. É que Ramos toca, a partir das 15h, na Feira Experimente, no Jardim Canadá, em Nova Lima.
 
Saga
A origem da gaita de fole é polêmica. O fato que, hoje, é popular na Escócia, entre outros países europeus, sendo que, em cada lugar, a construção do instrumento é bem peculiar. Já o Brasil não guarda tanta tradição. Em vista disso, até Ramos conseguir uma gaita de fole, foi uma saga.

O artista ouviu o som pela primeira vez, em 2009, por meio de bandas de folk metal – característico por utilizar instrumentos folclóricos. Fascinado pela sonoridade, ele acabou encontrando a gaita de fole na internet. “O vendedor só não disse que a gaita não tocava; era de souvenir. Fui enganado”, lamenta. 

Após muitas pesquisas, ele decidiu comprar uma gaita de fole legítima da Escócia, em 2014. Como o imposto para importá-la para o Brasil, era altíssimo, a solução foi enviar o instrumento para a Hungria, onde a irmã dele reside. “Depois, ela trouxe a gaita para mim, quando veio nos visitar, em 2015. Valeu a pena esperar”, finaliza.

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