A volta dos espetáculos musicais no pós-pandemia tem dado show. Cada fim de semana é garantia de muitas atrações em Belo Horizonte. É até difícil escolher entre tantas opções nacionais, que retornam aos palcos da cidade depois de quase dois anos de interrupção voluntária.

O carro-chefe deste sábado e domingo é Gilberto Gil. Prestes a completar 80 anos, o cantor baiano está em alta: será protagonista de série documental da Prime Video e dará “aula” em BH, neste sábado, no Grande Teatro do Palácio das Artes, no projeto “Outras Florestas”.

Na verdade, irá falar de temas importantes como meio ambiente e cultura enquanto tocará músicas que há muito tempo não frequentavam o seu repertório, tendo como convidado ilustre Benki Piyãko, um dos mais importantes líderes indígenas do país.

Com ações voltadas para o plantio de árvores na cidade, trata-se de “uma iniciativa viva, oriunda da sociedade civil, que pretende contaminar todos os territórios por onde passará deixando esperança de um mundo melhor”, segundo Helder Quiroga, coordenador da ONG Contato.

Meu nome é Gal

Integrante do Doces Bárbaros ao lado de Gil, na década de 1970, Gal Costa está bisando no Palácio das Artes após lotar o teatro em dezembro. O repertório é o mesmo, baseado em “As Várias Pontas Soltas de uma Estrela”. O show acontece hoje e tem como fio condutor o universo musical de Milton Nascimento.

Na Expominas, amanhã, o destaque fica por conta de Zé Ramalho relembrando canções como “Avohai”, “Admirável Gado Novo”, “Chão de Giz”, “Beira-Mar”, “Sinônimos”, “Mistérios da Meia-Noite” e “Entre a Serpente e a Estrela”, que embalaram muitas trilhas sonoras de novelas.

Poucas semanas após “Clube da Esquina” ter sido escolhido como o melhor álbum brasileiro de todos os tempos, Lô Borges comemora 50 anos do lançamento, confeccionado com Milton Nascimento, e do “Disco do Tênis”, com apresentação no Sesc Palladium neste sábado.

Luz de velas

Por falar em Clube da Esquina, o Grupo DoContra fará um concerto especial, à luz de velas, neste domingo, às 19h, no palco do teatro do Minas Tênis Clube, com um repertório de músicas extraídas do movimento mineiro. O sexteto de cordas terá como convidado o Amaranto.

“Faremos um concerto diferente, apresentando uma experiência musical inovadora para os tempos de hoje, como se o público tivesse voltado 500 anos no tempo e assistisse um espetáculo a luz de velas. Só que com música mineira da melhor qualidade”, salienta o contrabaixista Netto Bellotto.

Música eletrônica agita Mineirão neste sábad

Para quem gosta de música eletrônica, um prato cheio neste sábado, com o festival “Só Track Boa”, no Mineirão. “Estamos trazendo nomes consolidados na cena nacional e internacional, além de grandes estreias na capital mineira”, afirma o produtor local Otacílio Mesquita.

BH é a cidade, além de São Paulo, que contará com dois palcos simultâneos no gramado do estádio. “Ganhar mais um palco possibilita um número maior de artistas se apresentando, uma maior variedade sonora e amplia o evento como um todo”, registra.

Haverá ainda um show de drones, que farão uma espécie de dança no céu. “Teremos também outra surpresa que ainda não podemos revelar, mas, com certeza, deixará o nosso gigante Mineirão ainda mais colorido e no clima desse reencontro”.

Boas práticas
Também neste sábado, no teatro do Minas Tênis, às 19h, Christiana Lobo apresenta o show do CD autoral “Plantar Ações”, com participações especiais de Toninho Horta, Maurício Tizumba, Lucas Avelar e Banda São José. Quem comparecer ganhará o disco, focado na tragédia de Brumadinho.