Perto da ‘Saideira’: Skank volta a BH com show ‘Os Três Primeiros’ antes do giro de despedida

Thiago Prata
19/12/2019 às 19:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:05
 (Skank/Divulgação)

(Skank/Divulgação)

Neste sábado (21), o Skank volta à sua cidade-natal para mais um show da turnê “Os Três Primeiros: Ao Vivo”, no palco do Bella Vista, às 20h. Mas apesar de reverenciar o início de trajetória do grupo belo-horizontino, tendo como fio-condutor o repertório dos discos “Skank” (1992), “Calango” (1994) e “O Samba Poconé” (1996), o concerto terá um clima que flerta com o título da faixa de encerramento de seu quarto álbum: “Saideira” (de “Siderado”, de 1998).

Após confirmar, no começo de novembro, o fim das atividades da banda – ou, como Samuel Rosa enfatizou àquela época, “uma parada sem volta” –, o quarteto deu prosseguimento ao nostálgico giro nacional e foi para o estúdio visando material inédito. Já no ano que vem, dará partida para a derradeira turnê “30 Anos”, que faz referência às quase três décadas de existência do conjunto, cuja estreia nos palcos se deu em junho de 1991.

Diante de tudo isso, o show deste sábado dá indícios de que será especial.  E “jogar em casa” sempre reserva uma celebração à parte, como ressalta o baixista Lelo Zaneti. 

“Toda vez que pisamos no palco, tenho a impressão que realmente deve ser uma ocasião especial para nós e para o público, de tocar ao vivo e ouvir o público cantar e vibrar. Será uma grande festa pra nós e o público de Belo Horizonte. Os clássicos do repertório são um grande diferencial de uma banda de 30 anos, e o repertório se torna um patrimônio. E alguma surpresa poderá surgir dos ‘Três Primeiros’ para este show”, ressaltou o homem das quatro cordas.Skank/Divulgação

Legado

Considerado um dos principais nomes da história da música mineira, o Skank se tornou febre também a nível nacional na década de 90 a partir de seu segundo disco, “Calango”, que vendeu mais de 1 milhão de cópias, graças a músicas como “Te Ver”, “Esmola” e “Jackie Tequila”. O trabalho seguinte, “Samba Poconé”, elevou o grupo a outro patamar, culminando em turnês na América do Sul, nos Estados Unidos e na Europa.

Ao todo, são nove álbuns de estúdio, além de trabalhos ao vivo e coletâneas. “Sempre agradeço por uma história muito bem-sucedida que aconteceu conosco nesses 30 anos. Nosso maior legado são as músicas e os discos e também o potencial de defender esse repertório ao vivo para todo o público que nos acompanha. Premiações, videoclipes e turnês no exterior também fazem parte desse legado”, afirmou Zaneti.

Questionado quais seriam os principais momentos dessa trajetória de quase três décadas, o baixista se limitou a dizer que o “livro de fotografias ‘Skank Na Estrada’ registrou uma parte desses grandes momentos e de turnês na Europa, América do Sul e Estados Unidos”.

Pode soar clichê, mas Lelo destaca, por meio de outras palavras, que o Skank se tornou sua segunda família. “Somos pessoas que escutam uns aos outros, se divertem com a vida de músicos e compartilham a amizade de um modo otimista. E temos a urgência de trabalhos autorais, composições próprias para gravação e tocar ao vivo também”, declarou. Enquanto isso, os fãs mineiros ficam na expectativa para o grupo “descer mais uma rodada” neste sábado, antes da verdadeira “Saideira”.Skank/Divulgação

Futebol

Falar de Skank é falar de música e futebol – o clipe “É uma Partida de Futebol”, gravado num clássico entre Atlético e Cruzeiro, no Mineirão, em 1997, ratifica a paixão dos atleticanos Lelo Zaneti e Haroldo Ferretti (bateria) e dos cruzeirenses Samuel Rosa (guitarra e vocais) e Henrique Portugal (teclados e vocais de apoio).

Por isso, o assunto “futebol” se tornou obrigatório na conversa com Zaneti, que tece críticas à diretoria alvinegra.

“Devemos, como atleticanos, reclamar por mudanças rápidas na direção do futebol no Galo. Acho que o comando do time está muito distante de um futebol comprometido e arrojado. Um modelo de bons resultados com investimento aconteceu no Athletico-PR. Sinal de que por lá existem pessoas comprometidas e com experiência cuidando do futebol”, comentou o baixista do Skank, que aproveitou a deixa para falar sobre a desastrosa trajetória do rival em 2019.

“O que houve com o Cruzeiro foi uma tragédia anunciada. As mudanças deveriam ter acontecido, mas os problemas estavam camuflados, e quem sofre no final é sempre o torcedor, que vai apoiar o seu time e é quem paga o preço das quadrilhas que realizam os assaltos no clube e no sucateamento do time”, disse.

SERVIÇO
Show Skank “Os Três Primeiros”, neste sábado, às 20h, no Bella Vista (Rua Henriqueto Cardinale, 121, Olhos D’Água). R$ 100 a R$ 200Diego Ruahn/Divulgação

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