(Mateus Dias / Divulgação)
O “Savassi Festival” é uma ótima vitrine para músicos mineiros lançarem seus discos. Um dos artistas que escolheram o evento para mostrar novidades é o pianista Bernardo Rodrigues, vencedor do Prêmio BDMG Instrumental em 2008 e 2016.
Esta noite, no Cine Theatro Brasil, ele apresenta as composições presentes no disco “Impressão”. É um trabalho que ele vem maturando há muitos anos. “Depois de ganhar o Prêmio BDMG em 2008 e tocar duas vezes no ‘Savassi Festival’, tive a ideia de fazer uma turnê com show autoral pela lei de incentivo estadual. E foi muito legal. Foi quando veio a ideia de gravar um disco, em 2011. Entrei com o projeto em 2012, em 2013 consegui captar, em 2015 comecei as gravações”, conta Bernardo, acrescentando que oito músicas ganharam letras do jornalista e escritor mineiro Leo Cunha.
Segundo Bernardo, é um trabalho em que há uma evidência maior sobre o lado compositor, mais do que sobre o lado instrumentista. “Creio que o grande diferencial do meu trabalho esteja na concepção de trazer uma liberdade do jazz à simplicidade e expressividade melódica da música mineira”, afirma o pianista, que também é professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Uemg e secretário de Cultura de Divinópolis.
Antonio Guerra
Outro show de destaque da programação do festival é do Antonio Guerra Quarteto, que lança no Café com Letras o álbum “Movimentos”, o primeiro trabalho autoral do pianista que dá nome ao grupo.
Neste álbum, Antonio Guerra passeia por diversos estilos musicais, integrando influências da música de concerto e do jazz com frevo, baião, maracatu, jongo, samba, salsa cubana dentre outros.
Magno Alexandre lança ‘Marajó’, álbum gravado em Nova York com americanos Divulgação Magno Alexandre – Artista apresenta repertório do novo disco amanhã e conta com participação do pianista Benjamin Taubkin
Catorze anos após ganhar o prêmio do BDMG de melhor álbum com “Maracatuaba”, o guitarrista Magno Alexandre lança seu segundo disco, “Marajó”. O trabalho foi gravado nos Estados Unidos, contando com participações de músicos que moram no país.
“Mesmo sem muito dinheiro, fui a Nova York e o Mike Eckroth me convidou para ficar na casa dele e investir o que ia gastar em hospedagem em gravação. Em quatro horas de estúdio gravamos quatro músicas”, conta Magno. “No Brasil, decidi que voltaria a Nova York para gravar mais e fazer um disco”.
Com uma bem-sucedida campanha de financiamento coletivo e apoio do programa Música Minas (que pagou as passagens), Magno conseguiu gravar o disco. O interessante foi que suas composições ganharam uma cara jazzística que só os americanos conseguem fazer.
“Nova York exige uma rapidez muito grande e eles já têm muita confiança. Tanto que, um dia antes das gravações, fizemos um show num bar no Village e tocamos as músicas do disco, que eles só conheceram pelas partituras”, lembra.
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