HOMEM-MORCEGO

Spotify lança podcast nacional com história inédita do Batman

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
03/05/2022 às 16:40.
Atualizado em 03/05/2022 às 16:52
Equipe da áudiossérie, com Rocco Pitanga como Batman e Camila Pitanga na pele de Barbara Gordon (Bruno Polleti/Divulgação)

Equipe da áudiossérie, com Rocco Pitanga como Batman e Camila Pitanga na pele de Barbara Gordon (Bruno Polleti/Divulgação)

Bastaram três palavras mágicas para Daniel Rezende – diretor dos dois filmes da "Turma da Mônica"– aceitar comandar a versão brasileira da áudiossérie protagonizada por Batman, que será disponibilizada a partir desta terça-feira (3) no serviço de streaming Spotify.

"Quando me convidaram, eu aceitei de primeira. Só precisaram falar Spotify, Batman e Warner/DC. Primeiro, porque sou fã de Batman. Eu cresci lendo as histórias dele. Segundo, porque adoro desafio, pegando um universo da cultura pop para tentar reinventá-lo", registra.

Apesar de nunca ter feito algo específico para podcast, Rezende lembra que, nos anos em que trabalhou como montador (foi indicado ao Oscar por "Cidade de Deus"), sempre fechava os olhos após terminar o primeiro corte de uma cena, prestando atenção apenas no som.

"Na hora que estivesse soando bem para mim, eu então abria os olhos e assistia de novo, com a imagem. Sempre levei a história muito mais pelo som do que pela imagem", recorda. Ele sintetiza a experiência com o podcast como “dirigir um filme de olhos fechados”.

A narrativa traz o Cavaleiro das Trevas inerte, após Bruce Wayne passar por um processo de amnésia, esquecendo-se ser ele o dono da capa de vingador. Enquanto isso, um vilão chamado Ceifador aterroriza Gotham City. A salvação poderá vir de onde menos se espera: Charada.

A partir de texto original de David S. Goyer , “Batman Despertar” ganhou versões em diversos países, com diretores e elencos locais. “A Spotify deu liberdade para cada território adaptar a história para a sua cultura. Não foi um processo de dublagem”, assinala Rezende.

“Era como se Gotham fosse aqui. O roteiro já era soturno e a nossa adaptação ficou um pouco mais dark do que a americana. Tem um lugar ali que flerta com o cômico, menos naturalista, e aqui a gente foi jogando sempre para o mais real. O que acha mais legal”, compara.

O roteiro, de acordo com Rezende, é muito engenhoso, começando com “um Batman que a gente nunca viu”, em direção ao lado mais psicológico de Bruce Wayne, numa abordagem mais complexa. Na versão americano, o personagem ganha a voz de Winston Duke, de “Pantera Negra”.

O fato de ser um ator negro chamou a atenção de Rezende, que seguiu caminho semelhante ao convidar Rocco Pitanga. “Fizemos uma pesquisa muito grande de atores negros. Precisava de um ator que tivesse uma voz em que as pessoas pudessem ouvir e imaginar um Batman”.

Leia mais:

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por