Escritora tibetana tem passaporte negado e é proibida de deixar a China

08/03/2013 às 11:11.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:42
 (AFP)

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PEQUIM - Uma poetisa tibetana anunciou nesta sexta-feira (8) que as autoridades de Pequim negaram um passaporte e, por este motivo, ela não poderá receber um prêmio concedido pelo governo americano.

Tsering Woeser, uma das vozes mais críticas sobre a presença chinesa no Tibete, foi escolhida para receber o prêmio anual do Departamento de Estado americano às mulheres de todo o mundo que demonstram coragem, abnegação e que defendem os direitos humanos.

O prêmio será entregue nesta sexta-feira em Washington na presença do secretário de Estado americano, John Kerry e da primeira-dama Michelle Obama.

Tsering Woeser foi privada do passaporte, segundo ela, por motivos de "segurança nacional".

Ao negar-se a entregar o passaporte, a China "delata sua fragilidade", explicou Woeser.

O governo da China denunciou a atribuição do prêmio a Tsering Woeser como uma "interferência" em seus assuntos internos.

"Atribuindo uma recompensa a uma pessoa assim, os Estados Unidos proporcionam apoio público a suas reivindicações separatistas", declarou Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa.

Esta postura recorda a que foi adotada por Pequim em 2010 por ocasião do Prêmio Nobel da Paz ao dissidente e intelectual Liu Xiaobo, que, desde 2009, cumpre uma pena de 11 anos de prisão.

Na época, Pequim também criticou o Comitê Nobel por uma "interferência injustificável" em seus assuntos internos.

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