À promotoria, Fernanda tenta explicar porque teria mentido no inquérito

Álvaro Castro e Ana Clara Otoni – Do Portal HD
22/11/2012 às 18:59.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:31

Após o depoimento inicial conduzido pela juíza, Marixa Fabiane, no Fórum de Contagem, nesta quinta-feira (22),  a ré Fabiana Gomes de Castro passou a ser questionada pelo promotor responsável do caso, Henry Vasconcelos. Fernanda, uma das acusadas de envolvimento no chamado "Caso Bruno", responde pelos crimes de cárcere privado e sequestro de Bruninho e Eliza Samudio.

O depoimento começou por volta das 15h40. No começo da inquisição, o promotor se limitou a repassar pontos que foram abordados durante a fala inicial de Fernanda à Corte. A primeira contradição está relacionada aos registros telefônicos. Fernanda afirma que recebeu um telefonema por volta das 21 horas, mas de acordo com o registro de ligações não há nenhuma chamada recebida em seu aparelho no horário entre as 20h01 e 22h07.

"Eu não sei se o "Macarrão" me ligou do rádio dele ou do Jorge. Mas eu posso garantir para a senhora (dirigindo-se à juíza) que eu estava em casa quando recebi a ligação do "Macarrão". "O porquê de não estar registrando aí eu não sei", disse.

O promotor segue perguntando pontos específicos acerca da viagem que o grupo composto por Bruno, "Macarrão", Fernanda, Eliza e Jorge fizeram entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Um dos pontos de maior tensão do depoimento foi quando o promotor questionou se ela teria sido instruída por alguém a mentir. Os advogados levantaram gritando questão de ordem e se acalmaram após Fernanda afirmar que não iria responder. Ela afirma que mentiu primeiramente , mas que depois, quando estava assessora por outra defensora e em juízo, ela disse a verdade. "Estava com medo porque meu nome estava aparecendo na mídia, tenho dois filhos estava participando do movimento de jovens da minha igreja. Estava desesperada", disse.

Fernanda levantou outro ponto polêmico que é o envolvimento do advogado Ércio Quaresma. Ela afirma que ele não era seu advogado, que apenas a acompanhou quando ela veio prestar esclarecimentos em Minas Gerais, quando ainda era advogado de Bruno. Segundo ela, a indicação do advogado para o então amante partiu de "Macarrão". Consta nos autos do processo que ambos são amigos há mais de 20 anos.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por