Justiça convoca personagens que decidirão futuro do goleiro Bruno

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
01/03/2013 às 09:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:28
 (Cristiano Couto)

(Cristiano Couto)

Os responsáveis pelo futuro do goleiro Bruno Fernandes, com julgamento marcado para segunda-feira, já foram convocados. O corpo de jurados é composto por 25 moradores de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o júri será realizado. Entre as 17 mulheres e oito homens, serão escolhidos os sete que vão definir se o atleta é ou não culpado pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio.

Além do corpo de jurados oficial, foram convocados 50 suplentes (25 homens e 25 mulheres). Com base no processo, apresentado por acusação e defesa, e no depoimento de réus e testemunhas, os escolhidos formulam sua decisão final. Para esse caso, 11 testemunhas serão ouvidas pelas partes.

A promotoria arrolou três testemunhas, já ouvidas no julgamento de Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", e Fernanda Gomes de Castro, em novembro do ano passado. Uma é a delegada que trabalhou nas investigações, Ana Maria dos Santos. Outra é o policial João Batista Alves Guimarães, que acompanhou o depoimento de alguns envolvidos no caso. A terceira é o detento Jaílson Alves de Oliveira, que foi colega de cela de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e diz ter ouvido dele a confissão do assassinato de Eliza.

A novidade na acusação é a presença de Jorge Luiz Lisboa, primo do goleiro Bruno. Ele também foi arrolado como testemunha de defesa do atleta e suas declarações, dadas recentemente à imprensa, prometem “sacudir” o julgamento. Para confrontar as afirmações de Jorge, a promotoria ainda conta com o depoimento, via carta-precatória, de uma ex-funcionária pública que acompanhou o primeiro depoimento do primo do goleiro. Ela atesta que não houve coação ou ameaça da polícia.

Por parte da defesa de Bruno, além de Jorge, foram arrolados Célia Rosa Sales, mãe de um primo do goleiro, Maria de Fátima Ruas Souto dos Santos, Anastácio Martins Barbosa e Amir Borges Matos. Para buscar a absolvição de Dayanne, os advogados também vão usar o testemunho de Célia e Maria de Fátima, além de Saiver Júnior Calixto e Lercy Gama. Paulo César Batista dos Santos, que consta na lista da defesa da ex-mulher do goleiro, não foi localizado pelo Tribunal de Justiça.
Ao todo, ao menos cem pessoas devem acompanhar a sessão no salão do júri.

Material juntados no processo

Além de todos os depoimentos que integram o processo e das pessoas arroladas por defesa e acusação, os jurados ainda devem analisar outros dois itens juntados pela promotoria recentemente.

Um deles é a entrevista que o primo de Bruno, Jorge Luiz Lisboa, concedeu à imprensa sobre a relação do goleiro com o crime. A contradição por parte do jovem, que ora reconhece que o primo não estava ciente da morte e ora diz o contrário, deve ser explorada pela promotoria.

Também foi juntado ao processo, a pedido do MP, um relatório sigiloso que investiga a relação de dois policiais civis na morte de Eliza. Um deles, José Laureano, conhecido como Zezé, chegou a ser investigado na época do crime. O outro é Gilson Costa, que já responde por dois homicídios.

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