Onze jurados são dispensados de julgamento; atraso chega a três horas

Ana Clara Otoni- Do Hoje em Dia
19/11/2012 às 11:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:24
 (Eugênio Morais)

(Eugênio Morais)

Um dos principais empecilhos para o início do julgamento do goleiro Bruno Fernandes e de outros quatro réus pela morte e desaparecimento de Eliza Samudio ocorreu devido ao sorteio dos jurados. Ao todo, 33 estavam presentes no salão do tribunal de júri, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Quatro jurados pediram para serem dispensados por problemas de saúde e por questões de trabalho, e outros sete por terem participado do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, sobre a morte de um carcereiro, na última semana.

A princípio, os sete dos jurados foram dispensados pela juíza Marixa Fabiane. Segundo ela, a decisão foi tomada para evitar a nulidade do julgamento. Porém, o advogado Ércio Quaresma manifestou-se contrário. Ele pediu a certidão da decisão para levar ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e, assim, solicitar um habeas corpus da decisão. Quaresma afirmou estar disposto, inclusive, a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A coincidência dos mesmos jurados deve-se ao fato de que uma vez por mês é feito o sorteio das 25 pessoas que podem ser convocadas para compor os julgamentos na comarca de Contagem. Entre essas, estavam as sete que participaram do julgamento de Bola, que também é réu no julgamento da morte e desaparecimento de Eliza Samudio.

Para poupar energias e otimizar o tempo, a juíza optou por perguntar a esses sete jurados quais deles se sentiam impedidos por foro íntimo de participar da comissão de jurados. Dos sete, seis manifestaram interesse em ser dispensados. O sétimo já havia sido liberado por impedidos de trabalho e/ou de saúde. Com isso, restaram dois jurados suplentes.

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