Promotor ironiza e diz que tempo extra da defesa de "Bola" daria para fazer cinco miojos

Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
22/04/2013 às 13:54.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:02

O representante do Ministério Público de Minas Gerais, o promotor Henry Vasconcelos, foi o segundo a se pronunciar nas alegações preliminares desta segunda-feira (22), no julgamento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola". A análise do caso, iniciada hoje, acontece no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH.

Henry destacou a postura da juíza Marixa Fabiane ao impor um tempo razoável para as questões preliminares. Ele disse que o prazo de uma hora e meia solicitado pela defesa e de tempo indeterminado para a sucitação de questões preliminares seria "absurdamente irrazoável".

O promotor disse que a defesa está habituada a valer-se de benefícios para atuar. "No caso concreto, a propósito, o que se apanha do modo torto como o uso do cachimbo fez a boca da defesa", afirmou. Segundo ele, o defensor Ércio Quaresma acabou usando o tempo previsto para questões preliminares para penetrar no mérito da causa e debatê-lo preciptamente.

O representante do MP relembrou que, durante o julgamento de Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", a defesa de "Bola" optou por sair do plenário por não concordar com o tempo estipulado pela magistrada de 30 minutos para questões preliminares.

Com a determinação do prazo de 20 minutos, prorrogáveis por mais 10, da juíza Marixa Fabiane, o advogado Ércio Quaresma entrou com um habeas corpus na Justiça. Ele conquistou por meio de uma liminar 15 minutos extras.

Henry Vasconcelos foi irônico e disse que o tempo conquistado foi "muito significativo" e que daria para preparar cinco miojos - o macarrão instantâneo popularmente conhecido por seu preparo em 3 minutos.

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