No último bloco, do último debate entre os candidatos à presidência da República Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PMDB), saneamento básico, segurança e emprego marcaram as perguntas feitas pelos eleitores indeciosos para a votação de domingo. Confira como foi:

Elizabeth Andrade/Rio de Janeiro: O que impede a resolução de esgoto a céu aberto?

Dilma: Tenho compromisso em acelerar o tratamento e a coleta de esgoto. Estamos colocando R$76 bilhões em parceria com estados e municípios, porque a lei diz que é atribuição deles. Nós temos feito uma série de investimentos. Vou dar absoluta prioridade a esgotamento sanitário. Conseguimos avançar nos últimos anos, mas ainda não é suficiente. Tem municípios que ainda não tem tratamento de água.

Aécio: Não vou terceirizar responsabilidades. Vou desonerar empresas de saneamento de PIS e COFINS. 7 milhões de domicílios não tem sequer banheiro em casa. É fundamental fazer parcerias. Vou tratar a questão diretamente.

Dilma: Ele não pode fazer isso porque não é atribuição da União. Não podemos atropelar o estado. Temos que fazer parcerias e é isso que estamos fazendo. Nos municípios mais pobres estamos tirando dinheiro da União.

Adriano/Rio de Janeiro: Quais as propostas para fortalecimento da segurança em programas desfavorecidos?

Aécio: Anunciei uma política de fronteiras que estão desguarnecidas. Vamos ter relação de países produtores de drogas diferente do que é hoje. Temos uma política nacional de segurança pública que não existe hoje. Governo Federal é quem mais arrecada.

Dilma: O Brasil tem o grande desafio de combate à violência e às drogas. Fizemos um plano estratégico de fronteira. É fundamental uma maior participação da União. Fazemos algo chamado Garantia da Lei e da Ordem.

Aécio: Nossas fronteiras estão desguarnecidas. Tenho um projeto como senador que obriga que todo recurso para segurança pública seja aplicada.

Vera Lúcia/Salvador: Qual proposta para melhorar a realidade dos jovens?

Dilma: Esses fundos ao que o candidato se refere, aplicamos muito acima no combate à droga e ao crime organizado. Fizemos em parceria com as políticas. Deu muito certo na Copa. Não basta só controlar as fronteiras, tem de ter um apolítica de controle da fronteira dos estados. Já estivemos na Bahia fazendo a garantia da lei e da ordem. Precisamos modificar a constituição para dar poder à União.

Aécio: A União age de forma desarticulada. Quero criar o Poupança Jovem no Brasil inteiro.

Dilma: Eu vi que todas as pessoas que participaram do debate em 2010 disseram que melhoraram de vida. Quero que ocorra a mesma coisa com vocês aqui hoje. Acho que temos de tratar a droga com tratamento e prevenção.

Elizabeth Maria/Fortaleza: Qual a proposta para que pessoas maduras mantenham-se empregadas?

Aécio: Minha energia está focada no futuro. Paramos de crescer e assim não geramos emprego, principalmente os qualificados. Aqui em São Paulo a indústria demite cem pessoas por dia. Temos que tratar da qualificação de todos. O atual governo perdeu a capacidade de retomar o crescimento. A confiança dos empresários vem diminuindo.

Dilma: Não acho que o Brasil não está gerando emprego. É interessante que você veja vários cursos oferecidos para pessoas conseguirem colocações. Há carência de trabalho qualificado no Brasil. O desemprego está em 4,9%.

Aécio: O caminho que nos espera é o pior de todos. O país tem que voltar a crescer, não tem jeito. Tenho absoluta convicção que vamos gerar novos empregos para gente qualificada.

Considerações finais

Dilma: O Brasil que estamos construindo é do amor, esperança e união. Um Brasil que valoriza um trabalho empreendedor, que quer crescer e melhorar de vida com muita autoestima. Um país que faz todas as pessoas cresceram, mas com olhar especial para as mulheres, os negros e os jovens.

Aécio: Chego ao final da campanha de pé, honrado pelas manifestações de apoio. Sou o candidato da mudança, de valores, da eficiência de estado e da generosidade. Estou extremamente honrado de ver um sentimento novo.

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