Cartão vermelho, lesão ou chamadas para defender a Seleção do Equador. Fatores que interromperam sequência de jogos de Juan Cazares em 2016 não estão presentes para o meia-atacante neste começo de temporada. O jogador, único que atuou nos 12 jogos oficiais do Galo em 2017, superou a própria marca de partidas consecutivas pelo clube. Apesar de bom número de assistências (é o líder do time), ainda busca melhores atuações.
O camisa 10 segue com confiança do técnico Roger Machado para ser o grande maestro da equipe. Atuando de forma recuada num 4-1-4-1, Cazares ainda oscila entre performances de encher os olhos e atuações discretas. Diante do Tupi, no 11º jogo do ano, ele foi um dos melhores em campo, com duas assistências. Contra o Tricordiano, no último fim de semana, saiu de campo sem tanto brilho.
Oscilação esta que marcou a primeira temporada do jogador no Galo. A torcida alvinegra se empolgou quando o jovem jogador, de técnica refinada, estreou oficialmente na Copa Libertadores, contra o ex-time Ind. del Valle-EQU. Valeu todo o esforço para inscrevê-lo no BID, após imbróglio com o Banfield-ARG, outra ex-equipe.
Vieram convocações para a Seleção do Equador que interromperam uma sequência de 8 jogos. Inclusive, foi desfalque do clássico contra o Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro daquele ano, derrota por 1 a 0 no Independência. Voltaria para a Libertadores e o episódio com Diego Aguirre, que optou por não utilizá-lo em jogos importantes.
Cazares faria uma das melhores apresentações individuais do Brasileirão 2016 contra o Botafogo. Dois gols do equatoriano, outras assistências na vitória por 5 a 3. Entretanto, duas partidas depois, se lesionou gravamente no aquecimento para o confronto contra o Flamengo, em Brasília. Demorou cerca de dois meses para voltar aos campos, e não atingiu a mesma eficiência de outrora. Permaneceu sendo criticado até a reta final da temporada, quando conseguiu participar de 10 jogos seguidos do Atlético, entre agosto e novembro.Bruno Cantini/Atlético / N/A
Contratado para substituir Cazares em lesão, Otero conquistou espaço no time titular do Galo
Dois momentos evidenciaram que a cabeça do meia-atacante estava em outra dimensão. Errou um gol sem goleiro contra a Ponte Preta, em Campinas, pelo Brasileirão. Depois, seria expulso ao agredir um marcador diante do Santa Cruz. Mas, individualmente, encerraria a temporada de forma perfeita para acender novamente a chama da esperança do torcedor: gol do meio de campo na final da Copa do Brasil contra o Grêmio, em Porto Alegre.
Em 2017, o jogador foi logo ofuscado por outro gringo. Contratado para suprir justamente Cazares na grave lesão muscular, o venezuelano Otero roubou a cena com vontade, energia e um chute calibrado, principalmente nas faltas. Virou titular absoluto, enquanto o agora "sempre presente" Cazares precisou encarar o banco de reservas três vezes nesses 12 jogos. São cinco assistências do camisa 10, sendo quatro delas em duas partidas na qual se sobressaiu: diante do Tupi e contra a Chapecoense, quando foi o único "titular" escalado em Santa Catarina, pela Primeira Liga.
(8 jogos seguidos)
24/02 - Atlético 1x0 Indep. Del Valle
27/02 - URT-MG 1x0 Atlético
02/03 - Atlético 1x1 América-MG
06/03 - Atlético 4x1 Tombense-MG
10/03 - Colo Colo-CHI 0x0 Atlético
13/03 - América-MG 1 x 1 Atlético
16/03 - Atlético 3 x 0 Colo-Colo
20/03 - Tupi-MG 0 x 3 Atlético
Convocação para o Equador
(10 jogos seguidos)
16/10 - Botafogo-RJ 3 x 2 Atlético
19/10 - Juventude-RS 1 x 0 Atlético
23/10 - Atlético 3 x 0 Figueirense-SC
26/10 - Internacional-RS 1 x 2 Atlético
29/10 - Atlético 2 x 2 Flamengo-RJ
02/11 - Atlético 2 x 2 Internacional-RS
06/11 - Coritiba 2 x 0 Atlético
17/11 - Atlético 1 x 1 Palmeiras-SP
20/11 - Santa Cruz-PE 3 x 3 Atlético
23/11 - Atlético 1 x 3 Grêmio-RS
Suspenso contra o São Paulo