10 grandes polêmicas e curiosidades que marcaram os Jogos Olímpicos do Rio

Clarissa Carvalhaes e Renata Evangelista
esportes@hojeemdia.com.br
18/08/2016 às 18:12.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:26
 (AFP/Johannes EISELE)

(AFP/Johannes EISELE)

Os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro ainda não acabaram, mas já é possível listar polêmicas que vem marcando os dias corridos de competições.

Para além das medalhas e choro feliz e incontido dos atletas por subir ao pódio, a Rio 2016 tem também na bagagem muitas histórias que envolvem confusão, bate-bocas, noitadas inexplicadas, expulsões de jogos, comitês, assaltos forjados, paquera e até pedido de cala boca para o narrador esportivo Galvão Bueno. 

O Hoje em Dia listou os 10 barracos mais comentados nas redes sociais. Confira:

1. Comentarista da BBC reclama de Galvão Bueno: 'Precisa calar a boca'

Durante a transmissão de uma prova de natação na Olimpíada do Rio-2016, o narrador Galvão Bueno levou uma bronca de um comentarista esportivo da rede de televisão inglesa BBC. 

Galvão atrapalhou tanto que a árbitra pediu aos atletas que descessem do partidos até que o local ficasse completamente em silêncio.
"O comentarista perto de mim precisa calar a boca durante a largada. Desculpem, todo mundo aqui está quieto durante a largada, a árbitra fez a coisa certa, sabe", disse.

 2. Noitada e álcool: Holanda retira ídolo e rival de Zanetti do Rio por má conduta

Classificado para disputar a final das argolas contra Arthur Zanetti, Yuri van Gelder foi expulso dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro pela delegação da Holanda.

O ginasta de 33 anos foi mandado de volta para casa depois de admitir que deixou a Vila Olímpica no sábado à noite para beber. Ele só voltou à concentração no domingo.

No Instagram (foto abaixo) o atleta lamentou o ocorrido. "Eu tinha acabado de me classificar para uma final olímpica. E celebrei com uma cerveja", alegou o ginasta, que contou ao juiz ter tomado apenas "quatro ou cinco cervejas". "Se alguém tivesse me dito explicitamente que eu seria expulso, eu não teria feito isso." Instagram / N/A

3. "Namoro" e desavenças na Vila Olímpica levam atletas do saltos ornamentais desfazerem parceria

Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso competiram nos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Entretanto, após a eliminação do torneio, as atletas revelaram uma briga entre elas e deram a parceria como encerrada.

Os motivos são vários: locais de treino, ordem dos saltos a ser realizada e até mesmo uma “ficada” de Ingrid com outro atleta da delegação brasileira, que teria sido o estopim para o racha entre as atletas.

Antes do início dos Jogos, Ingrid teria levado o atleta até o quarto que dividia com Giovanna. Ao chegar no cômodo, Ingrid pediu que a companheira deixasse os dois a sós, o que incomodou a atleta "expulsa". As duas tiveram uma áspera discussão.  

Naquela noite, Giovanna dormiu em outro cômodo do apartamento e, no dia seguinte, ela enviou uma queixa formal ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e as duas romperam as relações momentos antes de disputarem juntas a final da prova sincronizada na plataforma de 10 metros.

Horas depois, Ingrid errou feio em um salto que valia classificação. A jovem caiu na água de costas e chorou a eliminação

 4. Nadadores estadunidenses 'forjaram' assalto para encobrir briga em posto

Inicialmente, Ryan Lochte, multicampeão olímpico na natação, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger acusaram que foram assaltados em um táxi quando voltavam de uma festa no Rio de Janeiro. Lochte teria dito, inclusive, que ficou sobre a mira da arma de um dos assaltantes.

Lochte disse que os criminosos levaram US$ 400 (cerca de R$ 1.200), mas não pegaram a sua credencial e o seu telefone celular. O seu colega Jimmy Feigen, 26, disse ter perdido US$ 300 (cerca de R$ 900). Os outros nadadores Gunnar Bentz, 20, e Jack Conger, 21, não quiseram prestar depoimento. Reprodução / N/A

Câmeras de segurança flagraram os nadadores voltando 'alegrinhos' para a Vila

Quatro dias depois, a Polícia do Rio de Janeiro concluiu que os atletas se envolveram em uma briga quando retornavam à Vila. O grupo deixou a Casa da França, na Lagoa, zona sul do Rio, por volta das 5h45.

No caminho para o alojamento, o táxi em que eles estavam parou num posto de gasolina para que um dos atletas fosse ao banheiro. De acordo com a investigação, um dos nadadores danificou uma porta da loja de conveniência do posto. Policiais militares foram acionados para tentar solucionar confusão. 

Enquanto a viatura policial não chegava ao local, os nadadores tentaram ir embora, mas foram contidos pelo segurança do estabelecimento. Após o tumulto, os atletas se comprometeram a pagar os reparos. 

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fernando Veloso, uma das linhas de investigação é de que a versão fantasiosa contada pelos nadadores pode ter sido uma tentativa de enganar a namorada de um deles.

Testemunhas contaram que eles ficaram com meninas na festa com os atletas. Outras hipóteses, no entanto, não estão decartadas.  crimes os atletas podem ser acusados.

5. Brasileira é expulsa após bater em italiana no polo aquático

A jogadora de polo aquático Gabriela Dias, da seleção feminina do Brasil, foi expulsa da partida do último dia 9 contra a Itália pelos Jogos Olímpicos Rio 2016.

A atleta foi flagrada pela arbitragem dando dois socos em uma adversária, mostrando o nervosismo da inexperiente equipe anfitriã. O jogo terminou com vitória italiana, cuja seleção é conhecida como "setterosa", por 9 a 3.

 6. Jogadores de Irã e Polônia entram em conflito após o duelo pelo vôlei masculino 

A partida de vôlei masculino entre Polônia e Irã por pouco não terminou em pancadaria. O tempo fechou ao fim do tie-break, vencido pela Polônia por 18-16, depois de uma longa partida com provocações. Os europeus provocaram os adversários no tradicional cumprimento na rede e os ânimos se exaltaram.

Ao conquistar a vitória na partida, Kubiak resolveu provocar os iranianos. Seyed não aceitou muito bem e eles só não brigaram devido à turma do deixa disso.

O clima tenso entre as equipes seguiu para a coletiva de imprensa, que é obrigatória para os técnicos e os capitães das seleções

O locutor do ginásio tentou intervir e usou o alto-falante para dizer aos atletas que eles estavam em uma Olimpíada e que, por isso, precisavam se acalmar. AFP / N/A

 7. Judoca que se recusou a cumprimentar israelense é excluído da Rio-2016

O comitê olímpico do Egito excluiu o judoca Islam El Shehaby da delegação do país na Rio-2016. El Shehaby foi mandado de volta para casa depois de ser repreendido pelo COI por seu comportamento ao final da luta contra o israelense Or Sasson, válida pelas oitavas de final da categoria acima de 100 kg.

Após ser derrotado pelo atleta de Israel, o egípcio recusou-se a apertar a mão do adversário. Ao fim do confronto, quando Sassom aproximou-se para cumprimentá-lo, El Shehaby recuou. A atitude foi vaiada pelo público presente na Arena Carioca 2.

"Apertar a mão do oponente não é uma obrigação escrita nas regras do judô. É algo que acontece entre amigos, e ele não é meu amigo", disse El Shehaby. "Não tenho nenhum problema com judeus ou com pessoas de qualquer outra religião. Mas, por razões pessoais, você não pode exigir que eu aperte a mão de alguém desse Estado, especialmente em frente do mundo todo", escreveu o atleta em uma de suas redes sociais.

 8. Brasileiro naturalizado libanês perde no judô e se recusa a deixar o tatame: "Estão me roubando"

Nascido no Brasil mas naturalizado libanês para competir no judô pelo país asiático, Nacif Elias foi um dos protagonistas de uma manhã olímpica nem tanto pelo seu combate com o argentino Emmanuel Lucenti, mas sim por sua reação temperamental ao ser eliminado pela arbitragem por um golpe ilegal.

Com uma punição para cada lado e o combate empatado, Nacif Elias, a pouco mais de um minuto e meio de combate, tentou aplicar um golpe no braço de Lucenti, que caiu acusando dores. A arbitragem entendeu que ação do libanês foi proposital para machucar o adversário e, por isso, o desclassificou.FP/JACK GUEZ

Revoltado com a decisão dos juízes, Nacif simplesmente se recusou a deixar o tatame, esbravejando contra todos a seu redor e pedindo o apoio da torcida, que tomou as dores do brasileiro naturalizado. Somente quando um dirigente da Federação Internacional de Judô apareceu, ele tirou a faixa e, ainda bastante irritado, saiu de cena.

"Sou sempre prejudicado no circuito mundial por competir pelo Líbano", disparou em entrevista ao SporTV após a derrota. "Esperei muito. Mas a arbitragem internacional é uma vergonha, sempre me prejudica. Treinei muito para estar aqui, abdiquei da minha vida. Agora, ele (Lucenti) vem lutar na catimba... É por causa do Líbano. É uma vergonha. Talvez tome suspensão de dois anos por isso, mas agradeço o apoio de todo mundo. Agradeço ao brasileiro."

Cerca de meia hora depois, o libanês voltou ao tatame. Não para lutar, mas para fazer os cumprimentos obrigatórios e se desculpar com a arbitragem. Voltou a ser ovacionado. E dessa vez, foi mais contido nas reclamações.

9. Comparações infelizes, vaias e choro no pódio

A postura dos torcedores que estavam no Engenhão acompanhando a vitória de Thiago Braz, que conquistou o ouro no salto com vara, rodou o mundo negativamente. Isso porque o público vaiou o adversário do brasileiro, o francês Renaud Lavillenie.

Depois do episódio, o atleta estrangeiro disparou críticas: classificou o episódio como lamentável, disse que se sentiu humilhado e chegou a chamar o público de "merda". Como resultado ele foi novamente vaiado na cerimônia de premiação. No segundo lugar mais alto do pódio, Lavillenie não segurou as lágrimas.

Como defesa, alguns internautas se "justificaram" alegando que estavam incentivado o brasileiro - queriam desconcentrar o rival. Após as críticas, as vaias teriam sido pelo espírito antidesportivo do francês, que não digeriu a derrota.AFP/Johannes EISELE / N/A

Lavillenie chorou durante a entrega das medalhas ao receber sonoras vaias

10. Love is in the air?

Os internautas, em especial os brasileiros, são implacáveis. Bastou um comentário de Glória Maria no perfil do mito Usain Bolt para que os dois se tornassem um dos assuntos mais falados nas redes socais. O reboliço começou depois que a jornalista mandou um recado para o homem mais veloz do mundo.

“Oi, vai comemorar o aniversário no Rio? Obrigado por nos dar alegria. Beijo“, escreveu ela em uma foto do recordista. Pronto, bastou isso para que a publicação fosse 'inundada' por comentários desejando sorte e parabenizando o "novo casal".

quem também shippa glória maria e bolt pic.twitter.com/u0K4JuPA89— pedro rafhael (@falarafha) 16 de agosto de 2016
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