12 anos depois, o casamento de Parreira e Felipão

Felipe Torres - Do Hoje em Dia
29/11/2012 às 07:31.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:50
 (Daniel Garcia/AFP)

(Daniel Garcia/AFP)

Doze anos depois, a história se repete. Às vésperas de um superclássico mineiro – domingo, pela última rodada do Campeonato Brasileiro –, a troca de comando na Seleção Brasileira domina os noticiários e “inflama” os torcedores. E o curioso é que os personagens principais continuam os mesmos.

Luiz Felipe Scolari assumirá o banco de reservas canarinho nesta quinta, enquanto Carlos Alberto Parreira ficará com o posto de coordenador. Ambos também protagonizaram o encontro de Galo e Raposa, em 30 de setembro de 2000.

Na ocasião, Vanderlei Luxemburgo, então treinador do Brasil, foi demitido do cargo duas horas antes do jogo em que Felipão estava à frente do combinado celeste e Parreira do alvinegro.

Assim que a saída de Luxa se confirmou, os bastidores do clássico, válido pela Copa João Havelange, esquentaram de vez.

Tudo porque, o então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, não escondeu que a dupla dos clubes mineiros formaria a parceria ideal para preparar a Seleção rumo à Copa do Mundo de 2002. Scolari se desdobraria à beira das quatro linhas e Parreira, líder do tetra, em 1994, nos Estados Unidos, garantiria a retaguarda.

Teixeira queria adotar um sistema no qual a figura do coordenador fosse o interlocutor entre o técnico e a diretoria. Na prática, isso dividiria as atenções e, consequentemente, as críticas, poupando o novo comandante.

“Fica, Felipão”

Durante a vitória celeste, de virada, por 4 a 2, a China Azul pediu a permanência de Scolari. Em tom de provocação, os gritos de “Parreira Seleção, fica Felipão” ecoaram no Gigante da Pampulha. Faixas também foram estendidas para convencê-lo a não abandonar a Toca II.

O apelo dos cruzeirenses deu certo, para decepção da CBF. Luiz Felipe Scolari recusou o convite. Ele ainda levantaria a taça da Copa de Sul-Minas, na temporada 2001, tornando-se xodó do clube.

Carlos Alberto Parreira também optou por não aceitar o desafio. Porém, 20 dias após a partida, seria demitido do Galo.

Coube a Emerson Leão, do Sport, orientar os canarinhos. O “delegado” Antônio Lopes foi contratado como coordenador. Mas Leão não durou muito. Sem resultados expressivos, se despediu no ano seguinte.

Aí , Felipão cedeu às tentações e, finalmente, passou a orientar o Brasil. O desfecho dessa história todos os brasileiros conhecem.

Veio o show de Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho no Mundial do Japão e da Coreia do Sul, com a conquista do penta.

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