Ação contra reunião do estádio: Galo 'intimado' a se manifestar e correção de valor da causa

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
08/09/2017 às 20:16.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:29
 (Reprodução)

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A 1ª Vara Cível de Belo Horizonte, nesta sexta-feira pós feriado, voltou a discutir o processo movido pelo advogado Edison Simão, conselheiro do Atlético, que tenta anular a convocação da reunião do Conselho Deliberativo que votará pela construção ou não do Estádio próprio, em 18 de setembro.

O juiz do processo realizou uma intimação para que o Atlético, caso queira, participe do processo se manifestando em juízo num prazo de 48 horas, pensando também em "evitar em prejuízo para o réu (Galo). 

"Em razão da complexidade da matéria e a fim de evitar prejuízo ao Réu, intime-se o Clube Atlético Mineiro para, caso queira, manifestar-se sobre a pretensão de ingresso, em 48 horas", diz o despacho proferido às 15h desta sexta-feira (8).

Além disso, o autor da ação, Edison Simão, foi intimado ainda na quarta-feira (6) para que corrija o valor da causa apresentado no processo. No documento, o advogado coloca o valor simbólico de R$ 1 mil. Segundo o advogado Gustavo Lopes de Souza, em sua coluna no site da Rádio Itatiaia e da Universidade do Futebol, Simão terá de reajustar este valor de acordo com o valor do edital, que seria de R$ 250 milhões (valor da venda de 50,1% do Diamond Mall). 

Assim sendo, Edison Simão teria de pagar como "custo da causa" a cifra de R$ 11 mil, e não mais os R$ 215 desembolsados na ingressão da ação. O que mais chama atenção na coluna do articulista é que, se o conselheiro do Atlético perder a ação, terá de pagar 20% do valor da causa, ou seja, R$ 50 milhões. 

Em contato com a reportagem do Hoje em Dia, Simão disse que não iria abordar publicamente um assunto que deveria ser debatido apenas internamente no Conselho Deliberativo e, agora, nos tribunais.

"Eu não vou me manifestar porque tenho dito o seguinte: acho que essas questões são internas do Atlético. E eles fizeram tudo para tratar disso em público. Para mobilizar a torcida, fazendo pressão absurda. Mas isso não é assunto público, tem que ser tratado dentro do Atlético, pela importância dele", afirmou Simão, que completou:

"Se por ventura ainda não for possível nesta fase (concluir favoravelmente a ação antes da realização da reunião), se por acaso a reunião for realizada, nós já temos todos os elementos para depois impugnar isso. Está irregular, é tudo irregular".

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