A horas da final, presidentes de Grêmio e Lanús minimizam episódio do drone

Estadão Conteúdo
22/11/2017 às 15:06.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:49

A horas da primeira partida da decisão da Libertadores, os presidentes de Grêmio e Lanús concederam entrevista coletiva juntos, nesta quarta-feira (22). O evento foi organizado pela Conmebol e aconteceu no palco da partida, a Arena. E nele, tanto Romildo Bolzan quanto o argentino Nicolás Russo minimizaram o polêmico episódio do drone gremista, tão comentado ao longo da semana.

"Nós jogamos uns 80 jogos. O Lanús, outros 60. O drone fica para o folclore. Os times são muito parecidos e a principal força das equipes é o coletivo. Contei ao presidente Russo que, lá pelo mês de março, me perguntaram dos adversários do Grêmio. Falei dos brasileiros, mas queria ter muita atenção ao Lanús. Tinha visto dois jogos e achei um futebol muito próximo do Grêmio. Será uma grande final", declarou Bolzan.

Na última segunda-feira, uma matéria da ESPN Brasil denunciou que o Grêmio pagou um funcionário para analisar adversários e que usou, inclusive, um drone para filmar um treino fechado do Lanús. O diretor jurídico clube, Nestor Hein, negou as informações e as chamou de "fofoca", mas, posteriormente, o técnico Renato Gaúcho admitiu o uso de espiões.

O episódio, porém, pareceu não incomodar Nicolás Russo. O dirigente argentino tratou com naturalidade a tentativa do Grêmio de descobrir os segredos do Lanús, admitiu que o próprio clube teve comportamento parecido em outras oportunidades e ainda repetiu a opinião de Bolzan de que tudo não passa de "folclore".

"Chegar à final implica que Lanús e Grêmio se conhecem muito bem. O drone é parte do folclore da Libertadores. Nós estamos muito preparados para isso, não influencia em nada. Não temos nada a esconder, e nem o Grêmio. Vale tudo dentro das normas da Conmebol. O importante é que sejam dois jogos muito limpos", projetou.

Russo também exaltou a recepção do Grêmio à delegação argentina. "Fomos muito bem recebidos aqui em Porto Alegre, e será recíproco na Argentina. É uma final de Copa Libertadores e precisa ser um espetáculo de primeiro nível", considerou.

Desta vez, foi Bolzan que concordou com o colega. "Há duas semanas, participamos de uma reunião para tratar de toda a segurança e bem estar dos torcedores. Vamos ter um clima harmonioso em ambos os jogos", garantiu o brasileiro.
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