A taça que falta para 'La Pulga': chegou a hora da estreia de Lionel Messi

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
15/06/2018 às 20:47.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:38
 (Juan Mabromata/AFP)

(Juan Mabromata/AFP)

Messi é o melhor do mundo. E um dos melhores da Argentina”. A brincadeira começou quando o camisa 10 de Rosário conquistou seus primeiros prêmios mas, cinco bolas de ouro, quatro Ligas dos Campeões e nove títulos espanhois depois, permanece atual.

Afinal, para os hermanos a referência ainda é Diego Armando Maradona, capaz de carregar a equipe alviceleste praticamente nas costas rumo ao título mundial de 1986. Algo que esperam que o astro do Barcelona também seja capaz de fazer. E que certamente povoa os pensamentos de um dos mais brilhantes jogadores do século.

Se, aos 30 anos, ele ainda teria potencial (e futebol) para seguir adiante até o Catar, no que seria sua quinta Copa, não há dúvidas de que a grande chance de “La Pulga” se apresenta a partir de hoje, quando a Argentina estreia na Rússia contra a Islândia, pelo Grupo D, em Moscou.
No Brasil, há quatro anos, foi por pouco – o gol de Mario Götze na prorrogação arruinou um sonho que esteve tão próximo. Chegou a dizer que era o fim da linha na seleção, mas voltou atrás.

E se a ansiedade do astro é imensa, maior ainda é a de todo um país que não sabe o que é levantar um título internacional adulto desde 1991 (a medalha de ouro nos Jogos de Pequim’2008 não entra na conta).

A difícil caminhada argentina nas Eliminatórias já havia deixado claro que a situação de Messi na equipe mudou totalmente. Se antes a impressão geral era de que ele não conseguia ser, na seleção, tão genial e letal quanto com a camisa do Barcelona, já cansou de dar mostras de que pode fazer a diferença quando necessário. Diante do Equador, em Quito, fez os três gols que garantiram a virada sobre os donos da casa e, acima de tudo, o passaporte para a Rússia sem a necessidade da repescagem.

Os outros
Agora, no entanto, o sentimento é outro. Para boa parte dos argentinos, o problema está nos demais 10 titulares, incapazes de coadjuvar à altura o craque. Di Maria, Aguero e Higuaín já não formam uma linha ofensiva tão intimidadora quanto antes; a defesa continua sendo um ponto vulnerável e o promissor Paulo Dybala, que para muitos poderia formar uma dupla letal com Messi, não tem lugar ao lado do camisa 10 ao menos para o técnico Jorge Sampaoli.

Para quem chega aos gramados russos como atual vice-campeã, qualquer coisa menos do que isso é sinônimo de fracasso. Se um dos nativos mais famosos de Rosario (também terra natal de Ernesto “Che” Guevara) conseguir levar finalmente a seleção ao tri, será o caso de rever a brincadeira. 

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