(Bruno Cantini/Atlético)
Ainda é muito cedo para falar em preocupação, mas o Atlético precisa ficar atento ao mau início no Campeonato Brasileiro. Contra o Avaí, às 19h30 desta quarta-feira (7), no Independência, o Galo joga para evitar a pior largada na história da competição, considerando as cinco primeiras rodadas na Era dos Pontos Corridos.
Apontado como candidato ao título devido ao badalado elenco, o time comandado pelo técnico Roger Machado busca a primeira vitória nesta edição da Série A. Até agora, o alvinegro conquistou só três pontos em 12 disputados e ocupa uma incômoda 17ª colocação na tabela, abrindo a zona de rebaixamento. O técnico, inclusive, estipulou junto ao elenco a meta de alcançar 70% dos pontos a cada cinco rodadas, chamadas de 'mini-torneios' dentro do Brasileirão.
Se não vencer os catarinenses, o Atlético no máximo se igualará em pontos às campanhas de 2004, 2005 e 2013, cujas retas iniciais foram as mais negativas do clube mineiro neste sistema de disputa.
A situação atual se assemelha mais à de quatro anos atrás, quando o Galo também dividia as atenções com a Copa Libertadores. A taça continental foi erguida após sete rodadas disputadas no Brasileirão, com a equipe já figurando no meio da tabela. Na ocasião, a campanha terminou com uma confortável oitava posição no campeonato – a vaga no torneio internacional já estava garantida devido ao título.
Nas outras duas temporadas, porém, o rendimento insuficiente no início da caminhada contribuiu para panoramas dramáticos. Em 2004, o Atlético ficou na 19º colocação e se livrou do rebaixamento apenas na última rodada. E, no ano seguinte, não conseguiu escapar da degola, na 20ª posição – aquelas duas edições da Primeira Divisão foram disputadas por 24 e 22 clubes, respectivamente.
ARRANCADA
Desde a estreia no Brasileiro, em 13 de maio, o Galo ainda não teve nenhuma folga na agenda, devido à Libertadores e à Copa do Brasil. Depois do empate em 0 a 0 com o Palmeiras, Roger voltou a reclamar do calendário. “Está ficando difícil. Teremos uma semana livre só daqui a dois ou três meses. É humanamente impossível manter o nível”, argumentou.
Adversários na mesma situação, entretanto, largaram em vantagem na Série A. É o caso do Grêmio, terceiro colocado na tabela com três vitórias e 75% de aproveitamento.Editoria de Arte