Na Suíça

Advogado contesta versão de Cuca e diz que vítima de estupro reconheceu o técnico do Corinthians

Da Redação
esportes@hojeemdia.com.br
25/04/2023 às 16:48.
Atualizado em 25/04/2023 às 16:54
Cuca foi apresentado no Corinthians sob muita pressão da torcida contra a contratação dele, justamente pela condenação em questão (Rodrigo Coca/Corinthians)

Cuca foi apresentado no Corinthians sob muita pressão da torcida contra a contratação dele, justamente pela condenação em questão (Rodrigo Coca/Corinthians)

Recém-contratado pelo Corinthians, o técnico Cuca está sob grande pressão por ter sido condenado por um caso de estupro de uma menina de 13 anos na Suíça, em 1987. Na apresentação no clube paulista, o treinador afirmou que a vítima não o reconheceu, mas o advogado dela na época contesta a versão.

"A declaração de Alexi Stival (o Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor.", disse, ao UOL, o advogado suíço Willi Egloff, que representou a jovem de 13 anos no caso em 1987, que também envolveu outros três jogadores que na época atuavam pelo Grêmio.

Além disso, o advogado suíço confirmou outra informação que foi recentemente descoberta no Brasil, através de um jornal da Suíça, de que o semên de Cuca foi encontrado na jovem. O exame foi feito pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna. Egloff confirmou também que a vítima tentou suícidio após o ocorrido.

O caso

Em 1987, o Grêmio foi fazer uma excursão pela Europa. Em Berna, na Suíça, os jogadores gremistas Alex Stival (Cuca), Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi foram acusados de terem estuprado uma garota de 13 anos no quarto do hotel onde estavam hospedados. Eles ficaram quase um mês detidos preventivamente até serem liberados para voltarem ao Brasil.

Dois anos depois, em 1989, três dos quatro jogadores foram condenados - um deles o Cuca - a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. Apenas Fernando teve pena menor por não ter participado diretamente do ato. Como eles já estavam de volta ao Brasil e o país não extradita brasileiros, nunca cumpriram suas penas.

O caso ficou "esquecido" por anos no Brasil, até voltar à tona com a condenação de Robinho na Itália, também por estupro, em 2020. Na chegada ao Atlético em 2021, Cuca foi questionado sobre o assunto, mas desconversou. Agora, no Corinthians, ainda mais pressionado, disse que não participou do estupro e também que a garota não o reconheceu, o que foi desmentido agora pelo advogado suíço.

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