Agência Mundial Antidoping se diz 'desapontada' com decisão do COI

Estadão Conteúdo
25/07/2016 às 10:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:00
 (Divulgação)

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A Agência Mundial Antidoping (Wada) não gostou nada da decisão tomada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) de jogar para as federações internacionais esportivas a decisão de banir ou não a Rússia dos Jogos Olímpicos do Rio.

Em duro comunicado, a Wada se disse desapontada e reclamou, também, do veto à russa Yulia Stepanova, delatora do esquema de doping.

"A Wada está desapontada que o COI não deu atenção às recomendações do Comitê Executivo da Wada, baseadas nas revelações da Investigação McLaren, e que teriam assegurado uma abordagem simples, forte a harmonizada", criticou Craig Reedie, presidente da Wada.

Para ele, a investigação independente do advogado canadense Richard McLaren, publicada pela Wada na última segunda-feira, expõe um programa financiado pelo estado russo que "seriamente fere os princípios do esporte limpo".

"Enquanto a Wada respeita completamente a autonomia do COI de tomar decisões, a abordagem e os critérios escolhidos vão inevitavelmente uma falta de harmonização, potenciais desafios e menor proteção aos atletas limpos", completou Olivier Niggli, diretor geral da Wada.

A agência antidoping parece ter ficado ainda mais irritada com a decisão do COI de proibir a participação de Yulia Stepanova no Rio-2016. Ela foi suspensa por doping em 2013 e, depois de cumprir sua pena, foi a responsável por delatar como o esquema funcionava em Moscou.

No domingo, entretanto, o COI decidiu levar à risca o que diz a carta olímpica sobre competidores sob a bandeira olímpica ao mesmo tempo em que decidiu que nenhum atleta russo que já foi punido por doping pode disputar a Olimpíada. Assim, ela não tem a possibilidade de competir no Rio-2016.

"A Wada foi bastante clara no suporte ao desejo de Yulia competir como uma atleta independente. Ela foi fundamental em corajosamente exporte o maior escândalo de doping de todos os tempos. A Wada está muito preocupada com a mensagem que está sendo enviada aos delatores do futuro", apontou Niggli.

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