Alisson busca na Rússia igualar feito de Gilmar, Félix e Marcos: ser campeão na primeira Copa

Frederico Ribeiro - Enviado Especial
fmachado@hojeemdia.com.br
12/06/2018 às 20:25.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:34
 (Lucas Figueiredo/CBF)

(Lucas Figueiredo/CBF)

SÓCHI (Rússia) – A temporada defendendo a Roma, semifinalista da Liga dos Campeões e terceira colocada no Campeonato Italiano, foi de alto nível, tanto que ele hoje é desejado por Real Madrid (Espanha) e Liverpool (Inglaterra), justamente os finalistas da Champinons League.

Mas desafio mesmo, o gaúcho Alisson, de 25 anos, revelado pelo Internacional, passa a encarar a partir do próximo domingo (17), quando estreia na Copa do Mundo contra a Suíça, às 15h (de Brasília), em Rostov, tornando-se o 19º jogador da posição a defender a Seleção Brasileira na competição, numa história iniciada em 1930 (veja o quadro abaixo).

E ele terá como objetivo fazer valer a máxima do “goleiro de primeira viagem”, uma marca dos títulos mundiais da Seleção Brasileira.

Dos quatro goleiros que foram campeões mundiais pelo Brasil, três ganharam o título na primeira Copa disputada, assim como acontece com Alisson agora, na Rússia. 

Essa máxima começou com Gilmar, campeão em 1958, na Suécia, e depois bi, no Chile em 1962.

O tricampeonato veio em 1970, no México, com um contestado Félix no gol, naquela que foi a sua única Copa do Mundo.

Sem contestação, mas também goleiro de uma Copa só, Marcos já era “santo”, e provou isso fazendo milagres na campanha do penta, em 2002, na Coreia do Sul e Japão.

EXCEÇÃO DA REGRA

O único goleiro campeão do mundo com o Brasil que não venceu a Copa do Mundo na primeira vez que participou da competição foi Taffarel, justamente o treinador de Alisson e o maior responsável por ele ter chegado à Seleção, em 2015, ainda com Dunga como treinador.

Taffarel foi tetra em 1994, mas tinha estreado em Mundiais quatro anos antes, na Itália. Depois, ele foi vice em 1998, na França.

“Sempre serei muito grato ao Taffarel. Não pela decisão de me convocar com Dunga e Tite, mas principalmente pela qualidade do trabalho, que é o que mais acrescenta para os goleiros aqui. O conhecimento dele, a vivência e experiência. Serei sempre grato por trabalhar com um grande profissional como ele”, garantiu Alisson, primeiro jogador da Seleção a falar com a imprensa em Sóchi, ontem pela manhã.

MALDIÇÃO

Curiosamente, depois de 1970, todos os goleiros titulares do Brasil em Copas, sem a conquista do título, já tinham experiência na competição. Titular em 1974 e 1978, Leão era o terceiro em 1970.

Em 1982, Waldir Peres disputou sua terceira Copa, pois foi reserva de Leão em 1974 e 1978. O mesmo aconteceu com Carlos, em 1986, pois ele tinha ficado no banco quatro anos antes, na Espanha.

Na Copa de 2006, Dida foi enfim titular após a reserva em 1998 e 2002. No seu banco estava Julio Cesar, que defendeu o gol brasileiro em 2010 e 2014.

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