Desafios, coincidências, escritas e marcas cercam a decisão da Copa do Brasil entre Cruzeiro e Flamengo, que terá a ida em 7 de setembro, provavelmente no Maracanã, e a volta 20 dias depois, no Mineirão.
Curiosamente, os dois estádios passarão a dividir a glória de serem o que mais receberam festas do título do torneio. O Maracanã teve a volta da final em 1997, 1999, 2004, 2006 e 2013. O Mineirão viveu o mesmo em 1993, 2000, 2003 e 2014, e agora voltará a ter um campeão festejando em seu gramado.
Apesar de o torcedor celeste ter comemorado o fato de a segunda partida da final ser em Belo Horizonte, a história da Copa do Brasil mostra que nas 28 edições anteriores, em 15 oportunidades o visitante da volta foi campeão, contra 12 conquistas do time da casa. Em 2006, a final entre Flamengo e Vasco foi em campo neutro.
Neste século, os números são impressionantes. Em 15 decisões com mando de campo definido (excluindo a de 2006, que foi neutro), o visitante da volta foi campeão dez vezes, contra cinco conquistas do mandante jogo decisivo.
RECORDAÇÕES
Para o cruzeirense, a coincidência de já ter passado nesta Copa do Brasil por três adversários de finais em que foi campeão (Grêmio, em 1993, Palmeiras, em 1996, e São Paulo, em 2000), surge como indício, pois o tetra azul na competição saiu justamente em cima do Flamengo, em 2003.
Para fazer valer essa coincidência, o time de Mano Menezes irá brigar contra uma escrita da qual já foi vítima, pois nas duas finais repetidas de Copa do Brasil anteriores, nunca o mesmo time levantou as duas taças.
Foi assim com o próprio Cruzeiro, campeão em 1996, diante do Palmeiras, depois vice do time paulista, em 1998. Em 1995, o Corinthians levantou sua primeira taça diante do Grêmio, que foi seu algoz na decisão de 2001.
ESTRANGEIRO
O que surge a favor do Cruzeiro, e como um desafio gigante para o técnico do Flamengo, o colombiano Reinaldo Rueda, é que um treinador estrangeiro nunca conquistou a Copa do Brasil.
Já Mano Menezes, que conduziu o Corinthians na conquista de 2009, tenta se igualar a Levir Culpi e Renato Gaúcho na turma dos treinadores bicampeões, num ranking liderado com folga pelo tetra Luiz Felipe Scolari.
A favor de Rueda, o fato de nas últimas quatro edições o campeão da copa do Brasil ter trocado de treinador na temporada.
TIRA-TEIMA
Nesta decisão, que surge como um tira-teima entre Cruzeiro e Flamengo na Copa do Brasil, pois nos quatro mata-matas disputados entre eles na competição cada um venceu dois, embora nos momentos mais importantes a vitória tenha sido cruzeirense, está em jogo também a segunda posição no TOP 5 de melhores clubes da história da competição.
Ela é ocupada pelo Cruzeiro, que briga para igualar o penta do clube gaúcho, que seguirá em primeiro por ter um vice a mais (3 a 2).
Se o Flamengo ganhar a taça, iguala o tetra cruzeirense e ultrapassa a Raposa, pois terá um vice-campeonato a mais (3 a 2).
Com certeza, o Cruzeiro e Flamengo de 2017 será uma das maiores finais da história da Copa do Brasil.