No fim da tarde desta segunda-feira (3), enquanto no Independência a instalação de arquibancadas móveis continuava acelerada, a diretoria do América ingressava com uma ação de natureza "tutela cautelar antecedente" na 2ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte para cobrar satisfação da administradora do Estádio.
O conselho gestor do América, na condição de proprietário do Estádio Independência, se postou contrário às ações da LuArenas (consórcio administrador), que nos últimos dias encaminhou ao Horto caminhões carregados de materiais e equipamentos. Acusando de agir "na calada da noite", o Coelho viu o estádio ter modificações e começar a receber os primeiros lances de arquibancada provisória para a ampliação da capacidade de 23 mil para até 30 mil lugares.
A Justiça determinou à Arena Independência Operadora de Estádio S/A que "esclareça a montagem dos 'aindames/arquibancadas móveis' noticiadas pelos meios de comunicação", além de apresentar, em caráter de urgência, "cópia dos projetos e/ou autorizações correspondentes expedidas pelos órgãos competentes".
A LuArenas, que englobou a BWA, chegou a se reunir com o América na semana passada. Entretanto, as partes saíram da reunião com discursos diferentes. Enquanto o consórcio verbalizou que o Independência seria ampliado com o aval do Coelho, gestores do clube alviverde contestaram e disseram que não houve a apresentação de nenhum projeto crível para que fosse erguida uma instalação de arquibancadas para fechar a "fechadura" arquitetônica do Estádio.
Ambos os lados produziram notas oficiais para esclarecer o assunto. Numa delas, o América se manifestou até favorável a tornar o Independência mais rentável, "entretanto, a Concessionária BWA jamais se dispôs a sentar com o Clube proprietário, de forma oficial, e apresentar propostas e projetos concretos".Reprodução/TJMG
No dia 3 de abril, América ingressou uma ação na Justiça de BH pedindo esclarecimentos da antiga BWA