Se as chances do América de conseguir o acesso à Série A eram bastante limitadas, elas se esgotaram na noite desta terça-feira (30), após o clube ser derrotado pelo ASA-AL, pelo placar mínimo, em pleno Independência. Apesar de dominar amplamente a partida, o Coelho não conseguiu traduzir a superioridade em gols, principalmente pela afobação de seus atletas, e viu o time alagoano marcar o único tento do embate em uma falha coletiva da equipe, já na etapa completamenta.

Na sequência do Campeonato Brasileiro da Série B, o América terá uma semana de preparação para o compromisso da próxima terça-feira, contra o Vitória, no Barradão, uma de suas quatro despedidas melancólicas do ano de 2012. Já o ASA volta a atuar longe dos domínios, dessa vez, medindo forças contra o Guarani, no Brinco de Ouro da Princesa, também apenas para cumprir tabela.

O jogo

Mesmo atuando fora de casa, o ASA adotou uma postura ofensiva, agredindo o América no começo do jogo, o que logo motivou os gritos do técnico Mauro Fernandes à beira do campo, tentando acertar o posicionamento da equipe americana. Com o Coelho errando muitos passes, os alagoanos controlaram a partida, irritando os atletas alviverdes.

Somente após os 15 minutos é que o América conseguiu reequilibrar a ações, criando algumas oportunidades. Aos 16, Ewerthon fez jogada individual e arriscou da entrada da área, assustando o goleiro Gilson. Um minuto depois Ewerthon voltou a ameaçar com uma cabeça, que a defesa visitante aliviou, praticamente, em cima da linha.

As duas jogadas acordaram os americanos, que acuaram a equipe de Arapiraca no campo defensivo. Os mandantes, porém, encontraram dificuldades na hora de furar o bloqueio dos três zagueiros alagoanos. Sem a posse de bola, o ASA mostrou um bom senso de coletividade, com a marcação bem compactada e os atletas fazendo o possível para ajudar a equipe.

Quando a defesa do time de Nedo Xavier falhou, o artilheiro Fábio Júnior apareceu na área e finalizou com qualidade, mas a bola caprichosamente acertou o travessão. O ASA deu a resposta aos 30, com Lúcio Maranhão, que mandou um petardo de longa distância, que obrigou Neneca a se esticar todo para fazer boa defesa.

A etapa complementar começou da mesma forma que os 45 minutos iniciais terminaram, ou seja, o América pressionando atrás do gol, contra um ASA, que se contentava com o empate. Sem espaços, os chutes de média e longa distância foram durante todo o jogo, a principal alternativa dos americanos. Aos quatro minutos, o volante Dudu arriscou, mas errou o alvo.

Mesmo tendo o domínio do jogo, o América sentiu falta de criatividade no meio-campo, já que Rodriguinho apareceu pouco no jogo. Aos dez minutos, ele esboçou uma boa jogada individual e mandou uma bomba contra a meta de Gilson, mas carimbou o travessão. Mauro Fernandes tentou sacar um volante, para a entrada de Geovanni, que também foi discreto.

No time de Arapiraca, as tentativas de agredir nasciam apenas de jogadas de bola parada e contra-ataques. Aos 20, após cobrança de escanteio, o artilheiro do Brasil, Lúcio Maranhão, subiu mais que os defensores americanos e testou para as redes alviverdes, abrindo o placar, em pleno Independência.

Em desvantagem, o time mineiro se aventurou ainda mais ofensivamente, dando espaço para o time visitante matar o jogo no contra-ataque, mas os alagoanos não aproveitaram. Mauro Fernandes tentou incentivar a equipe até o fim, mas o resultado teimou em ficar em 1 a 0 para o ASA. Fim de sonho melancólico para o Coelho.

(*) Com Gazeta Press

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