Antes mesmo do apito final, parte dos americanos que acompanharam o duelo no Horto levantaram o coro: “Queremos treinador”, seguido de ofensas ao comandante do Alviverde.

Nem mesmo a inédita classificação à principal competição da América do Sul, que teve Marquinhos como peça importante na parte final do Campeonato Brasileiro do ano passado, e os históricos triunfos sobre Guaraní, do Paraguai, e Barcelona de Guayaquil nas etapas preliminares do torneio foram suficientes para acalmar os ânimos dos críticos do treinador.

A eliminação ainda na primeira fase do Campeonato Mineiro, a goleada por 4 a 0 sofrida para o Athletico-PR, na semana passada, e a dificuldade do time em marcar gols são fatores mais destacados pelos torcedores.

Fala, Marquinhos

Após o revés para o Del Valle, Marquinhos Santos, que ainda não renovou seu contrato com o América, que vence no final de abril, afirmou que encara com naturalidade as cobranças.

“É muito bonito ver o Independência com a presença do nosso torcedor, isso vai ser o diferencial. A questão de vaiar, eu prefiro que cobre o treinador mesmo, que cobre o treinador ao invés dos jogadores, que são meus comandados e fazem aquilo que está sendo treinado e preparado. Isso (vaias) é normal no futebol. Assim como gritaram nosso nome na classificação para a Libertadores, é natural, e aceito as críticas com muita tranquilidade. Não falta trabalho, não falta responsabilidade, não falta transparência. Enquanto eu for o treinador do América, estarei fazendo sempre o melhor para o América, pelos meus jogadores e prefiro que xinguem o treinador do que os comandados”, disse o treinador, em entrevista coletiva.

O Coelho de Marquinhos voltará a campo neste domingo (10), para enfrentar o Avaí, às 19h, na Ressacada, na estreia do Campeonato Brasileiro.

Pela Libertadores, o próximo compromisso do Alviverde será diante do Atlético, na próxima quarta, às 21h, no Mineirão.