Amigo de cruzeirenses e ‘prensa’ de organizada: Rafael Moura se desculpa por ‘episódio do vôlei'

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
19/03/2018 às 20:38.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:56
 (Bruno Haddad)

(Bruno Haddad)

Comemorar um gol provocando a torcida do Cruzeiro, um problema muito grande que o atacante Rafael Moura, atualmente no América, precisou administrar em sua carreira. Ainda jogando pelo Figueirense, em 2016, o jogador marcou duas vezes no empate por 2 a 2 do time catarinense com a Raposa, no dia 21 de maio, no Mineirão. E em uma das comemorações o “He-Man” fez gestos como se estivesse jogando vôlei. É que na época apenas a modalidade especializada do lado azul estava bem, diferentemente do futebol.

Tal episódio rendeu a Rafael Moura uma “prensa” do presidente de uma torcida organizada do Cruzeiro, fato que o atacante nunca havia comentado, mas revelou em entrevista ao canal Desimpedidos, no programa “Bolívia Talk Show”, que foi ao ar no dia 15 de março.

“Conversei com o presidente da Máfia Azul na época, ele ficou bem bravo, mas expliquei para ele o motivo. Falei com o chefe da organizada. Ele me intimou naquela coisa de mano, mas eu falei, parceiro, sou de Belo Horizonte e todo mundo que você conhece, de classe A, B, C, político, bandido, polícia, todo mundo eu conheço igual, estamos na mesma”, comentou, explicando os motivos.

"Na época eu tinha contrato com o Atlético e era (a comemoração) mais uma coisa que eu não estava no Atlético, era recado que eu queria estar no Atlético. Tinha contrato com o Atlético e fui emprestado ao Figueirense, e fiz dois gols contra o Cruzeiro. Era para falar que o Rafael poderia estar no Atlético", completou.

Arrependimento

“Fiz um vôlei provocando o Cruzeiro e me arrependo disso. Apesar de hoje o futebol precisar de provocação, alegrias e promessas. Mas o futebol mudou muito, a gente tem muita violência fora dos campos, a gente incitar a violência é pior”, disse revelando que conseguiu reverter a situação com o torcedor organizado.

“(...) Ele (presidente da organizada) respeitou. Disse que o futebol precisa fazer essa zoeira. Tanto que o Thiago Neves é o mestre de fazer isso, já fez Créu (nome de uma música no estilo funk sucesso em meados dos anos 2000) no Fla-Flu, não está nem aí para nada, até mandou um Chupa Luan (foi um Chupa Grêmio após a classificação do Cruzeiro à final da Copa do Brasil de 2017)”, completou.

Atleticano com ligações no Cruzeiro

 O próprio Rafael Moura contou detalhes que o ligam ao Cruzeiro, e que poucas pessoas sabiam.

“Hoje em dia meus grandes amigos do futebol jogam no Cruzeiro, Thiago (Neves), Fred e (Rafael) Sóbis e o Digão também (ex-companheiros de Fluminense), meus amigos mesmo, frequentam minha casa, as esposas e os filhos juntos. Respeito demais”, comentou, citando ainda que já chegou a jogar com a camisa cinco estrelas na infância.

“Fiz minha formação dos nove aos 19 no Atlético. Mas o Atlético não tinha sub-9, eu jogava salão (Futsal). Me convidaram para jogar campo no Cruzeiro, joguei seis, sete meses, aí abriu o sub-9 do Atlético. Joguei um amistoso, fiz um gol contra o Atlético, me fizeram o convite e eu troquei na hora. Não tinha passe naquela época. Eu tinha uma bisavô que quando eu estava com uniforme do Cruzeiro, não podia ir na casa dela”, disse.

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